Mercado literário
Sorocabano lê, em média, 3,8 livros por ano, aponta pesquisa
Levantamento mostrou que leitura é maior entre os com mais de 30 anos
Uma pesquisa inédita mostrou o quanto o sorocabano lê. O levantamento da Associação Comercial de Sorocaba de Sorocaba (Acso), feito pela Athon Ensino Superior, aponta que 61,8% dos entrevistados, com idades superiores a 30 anos, leem, em média, 3,8 livros por ano e 25,4% das pessoas residentes no município, que possuem o ensino médio, leem, no máximo, dois livros por ano. Entre os dias 2 e 14 foram entrevistados 194 munícipes, com idades superiores a 15 anos.
De acordo com os dados obtidos pelos profissionais da universidade, 28,4%, com idades até 30 anos, leem até dois livros por ano, e 9,8% não possuem o hábito de leitura. Verificou-se, ainda, que, quanto maior o nível de escolaridade, maior é o porcentual de leitores, ou seja, 90,5% dos universitários e pós-graduados entrevistados leem, em média, mais de 5 livros por ano.
A pesquisa mostra que os números podem parecer bons, mas, na realidade, o Brasil vem perdendo a cada ano um número expressivo de leitores, em comparação com a média dos outros países. Os canadenses leem 4 vezes mais livros por ano que os brasileiros, indicando um índice abaixo da média mundial.
Questionou-se aos entrevistados qual formato de livros são preferidos à leitura: 70,3% preferem o livro físico e 29,7%, o digital. Quando indagados sobre os locais onde obtêm seus livros, informando-lhes que podiam escolher mais de um local, a maioria das aquisições (70,3%) foi por compras na Internet, seguida por compras em livrarias físicas (43,2%). Para 24,2% dos entrevistados, a aquisição foi por meio de livros presenteados. O valor médio gasto por livro é de R$ 65, considerado um valor justo por 53% dos sorocabanos.
Dos entrevistados, 33,3% disseram ter o costume de presentear com livros; 52,4% presenteiam esporadicamente e 14,3% nunca presentearam alguém com um exemplar. A análise aponta que diversos fatores afastam, cada vez mais, os brasileiros do hábito da leitura, sendo um dos mais citados a concorrência com as outras mídias, quando as pessoas preferem utilizar seu tempo livre e se conectar às redes sociais, como WhatsApp, por exemplo, ou a assistir séries nas plataformas de streaming, que demandam menos esforços, concentração e dedicação do que a leitura, principalmente pelos mais jovem. Tal comportamento deixa claro a preferência das pessoas por mídias em que o menor esforço é necessário.
Para o presidente da Acso, Hygor Duarte, a pesquisa evidencia uma realidade preocupante: a baixa frequência de leitura àqueles que concluíram o ensino médio. “A leitura é fundamental não apenas para o desenvolvimento individual, mas também para o progresso da sociedade como um todo. É necessário investir em políticas públicas e iniciativas que incentivem o hábito da leitura desde cedo, promovendo o acesso a livros e estimulando a formação de leitores críticos e conscientes. Somente assim, poderemos construir uma comunidade mais informada, criativa e preparada para os desafios do futuro”.
Na sede da Acso, às sextas-feiras, o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) reúne-se no Clube da Leitura, integração escolhida por uma dezena de empreendedoras para a troca de pensamentos, ideias, interpretações e debates a respeito de um título de livro escolhido por elas. (Da Redação)