Dependentes químicos
Estado explica a instalação de clínicas em Santa Rosália
Pedido teria partido da Prefeitura, que também teria indicado o bairro
A possibilidade de se instalar um programa voltado à recuperação de dependentes químicos no Jardim Santa Rosália tem se tornado um imbróglio. Ao Cruzeiro do Sul, na quinta-feira (16), a Prefeitura de Sorocaba informou que a sugestão foi do Governo do Estado. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Seds) — responsável pelo projeto —, por sua vez, afirmou que a solicitação partiu do município.
Os moradores de Santa Rosália ligaram o sinal de alerta quando observaram, há mais de três meses, uma movimentação contínua em quatro imóveis, com tamanho amplo e quintais. Funcionários com o mesmo uniforme provocaram curiosidade sobre o que estava acontecendo. Os residentes questionaram, também, a falta de diálogo e de explicação para eles.
Por se tratar de uma área residencial, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Leste acompanha o caso. A diretoria do grupo informou que um ofício e uma ata (redigida em abril) foram encaminhados à Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) e aguarda retorno. “Uma nova reunião técnica será feita em breve”, disse a responsável pelo Conselho.
Estado
Em nota, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social informou que, a partir da solicitação da Prefeitura de Sorocaba, “iniciaram os trâmites burocráticos para desenvolver uma metodologia inovadora, totalmente disruptiva que atende a partir de pequenos grupos, gratuitamente, com inserção na escola, cursos de capacitação, trabalho e educação financeira com o objetivo de recuperação dos danos causados pelo uso nocivo de drogas”.
“No processo de implantação, Sorocaba ofertou todo o suporte, inclusive, destacando uma profissional que realizou todos os acompanhamentos e indicação do bairro. O Estado já investiu aproximadamente R$ 800 mil neste serviço, no município de Sorocaba. O local é sigiloso e a previsão é que entre em funcionamento ainda neste ano”, complementou o comunicado.
Prefeitura
O Cruzeiro do Sul questionou, novamente, a Prefeitura de Sorocaba sobre o tema. Para a reportagem publicada ontem (17), a resposta foi que se tratava de um programa estadual implantado mediante convênio com o Município e que a escolha do local teria partido do Governo do Estado, mas que a Prefeitura já trabalharia na escolha de um outro local.
Questionado novamente, o Executivo disse que não teria nada a acrescentar visto que “não tem fato novo”.
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