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Relatos Maternos

Mulheres falam sobre a alegria e os desafios de ser mãe

Medo e ansiedade fazem parte do processo; sensações e experiências transformam-se a cada semana

11 de Maio de 2024 às 22:00
Vanessa Ferranti [email protected]
Maria José e Mariane vão realizar, neste ano, o sonho da maternidade
Maria José e Mariane vão realizar, neste ano, o sonho da maternidade (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (10/5/2024))

“É um sentimento de força, de você enxergar que você está fazendo algo muito grande na sua vida e que você vai ganhar um presente ainda maior”. É dessa forma que Mariane Galvão, de 33 anos, descreve a sensação de ser mãe pela primeira vez. A engenheira de alimentos está no 6º mês da gestação à espera da Maria Júlia. O momento, que já é de felicidade, fica ainda mais especial ao lembrar que irá proporcionar à mãe a oportunidade de ser avó, aos 78 anos. “É o primeiro Dia das Mães da minha mãe como avó”, conta Mariane, emocionada. “É algo muito grande, porque ela não tinha mais expectativa de viver isso, então, proporcionar isso para a minha mãe é um momento único”, declara.

Apesar da alegria, ser mãe não é uma tarefa fácil e os desafios já começam na gestação, afinal, de repente, a mulher depara-se com mudanças no corpo, na mente e também na vida social. Mariane e o esposo não planejaram a gravidez. Quando a engenheira descobriu que estava gestante levou um susto. Aos poucos, ainda com a pequena na barriga, ela foi conhecendo a sua bebê, compreendendo o processo e, também, aceitando-se como mãe.

Sensações e experiências que se transformam a cada semana. Nesse processo aparecem os sintomas físicos e também o medo de lidar com a nova vida. A rotina já não é mais a mesma e cada passo tomado é pensando no bebê. “Você tem de abrir mão de certas coisas, tem de ser mais prudente, tem de evitar carregar peso, tem de evitar de se estressar, tem de deixar de comer alguma coisa ou de beber alguma coisa, então, você começa um processo de limitação para o bem do seu bebê. Tudo isso envolve um grande esforço por parte da mãe”, ressalta Mariane.

Rede de apoio

A experiência da gestação pode ser mais díficil quando a mulher não tem uma rede de apoio, seja da pessoa companheira, da família ou dos amigos. A troca de vivências com outras mães também é importante.

“Há dúvidas, receios e medo por você não saber que universo é esse que você tem de desbravar. Contar com o apoio das pessoas e também ter mães próximas para acolher e antecipar algumas coisas, isso ajuda muito no contexto da maternidade, então, essa coisa de fases e de suporte emocional, rede de apoio, são fundamentais nesse momento de gravidez”, explica Mariane.

Quando questionada pela reportagem se passar por todos esses desafios vale a pena, a nova mamãe ressaltou que quando a mulher atinge um amadurecimento do processo de gestação, os medos, a angústia, as dores, tudo fica pequeno. “No momento em que você descobre uma gravidez, você já é mãe e tudo se transforma”, reforça Mariane. “Eu estou sendo responsável por gerar uma vida, essa é a maior coisa que eu posso fazer na minha existência -- gerar uma vida”, finaliza.

Uma história de fé

O maior desafio da advogada Maria José Nunes de Almeida, de 34 anos, foi conseguir tornar-se mãe. Há cerca de dois anos e meio ela e o esposo decidiram que gostariam de ser pais, no entanto, as tentativas eram em vão. Católico, o casal começou a servir na igreja. Um certo dia, Maria sonhou que teria um bebê por intercessão de São Santiago Maior, um dos apóstolos escolhidos por Jesus Cristo. “Eu acreditei nesse sonho, mas não havia certeza de que era realidade. Mas aí, em setembro, descobrimos a gestação e o sonho se tornou realidade”, conta.

Segundo a tradição católica, o apóstolo Santiago presenciou, na cidade de Zaragoza, na Espanha, a aparição de Nossa Senhora em cima de um pilar. É desse momento, na história da Igreja, que surge a devoção por Nossa Senhora do Pilar. Após descobrir que o bebê é uma menina, em homenagem a Santiago e à Nossa Senhora, ela receberá o nome de Maria Pilar.

Agora, já no final da gestação, com 36 semanas, tudo está organizado, à espera da pequena, que vem trazendo alegria e emoção para todos da família. “Faz muitos anos que não tem bebê na família. O mais novo tem 11 anos. Então, todos estão ansiosos”.

Para Maria, passar o Dia das Mães com a bebê na barriga é o seu maior presente. “No ano passado, o Dia das Mães foi um pouco triste, porque eu ainda não tinha conseguido, mas este ano está sendo maravilhoso. A partir do momento que eu a concebi, me tornei mãe. A gente tem um cuidado de saúde que é essencial ao bebê e esse cuidado já começa na barriga”, ressalta a advogada.

 

 

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