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Segurança

Deinter-7 tem o menor índice de homicídio doloso do interior

Com 5,16 casos por 100 mil habitantes em um ano, região de Sorocaba fica abaixo da média estadual, que é de 5,72

08 de Maio de 2024 às 22:08
Cruzeiro do Sul [email protected]
Queda da violência no Estado de São Paulo é atribuída, em parte, à reestruturação das forças de segurança
Queda da violência no Estado de São Paulo é atribuída, em parte, à reestruturação das forças de segurança (Crédito: DIVULGAÇÃO / SSP)

A região do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-7), com sede em Sorocaba, registrou a menor taxa de homicídios dolosos — quando o criminoso tem a intenção de matar — do interior paulista, nos doze meses compreendidos entre abril do ano passado e março de 2024. O índice regional também é inferior à media do Estado. Os dados fazem parte da estatística sobre crimes contra a vida divulgada na terça-feira (7) pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).

Segundo o relatório, disponível no portal da pasta www.ssp.sp.gov.br), os 79 municípios que integram o Deinter-7 tiveram no período considerado no estudo 5,16 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. A média estadual no mesmo intervalo ficou em 5,72 por 100 mil habitantes. A região sorocabana apresentou índice inferior a todos os demais Deinters. O de Campinas, Deinter-2, foi o que mais se aproximou de Sorocaba, apresentando 5,17 crimes desse tipo 100 mil habitantes. Na sequência, o ranking registra as seguintes taxas: Ribeirão Preto (Deniter-3), com 5,80; Santos (Deinter-6), 6,22; Bauru (Deinter-4), 6,31; Piracicaba (Deinter-9), 6,61; São José do Rio Preto (Deinter-5), 6,62; Presidente Prudente (Deinter-8), 7,40; Araçatuba (Deinter-10), 10,05; e São José dos Campos (Deinter-1), com 12,59. Ainda conforme o estudo, o índice médio dos Deinters ficou em 6,79 homicídios dolosos por 100 mil habitantes.

No município de Sorocaba, ainda segundo os dados disponibilizados no site da SSP, foram registrados 41 homicídios dolosos entre abril de 2023 e março deste ano. Em um cálculo aproximado, com base na população estimada pelo IBGE, a cidade teve 5,85 assassinatos intencionais, incluindo aqueles ocorridos no trânsito, no intervalo avaliado.

Queda sustentável

De maneira geral, o Estado de São Paulo tem mantido uma queda sequencial nos índices de crimes contra a vida. No último levantamento, foram registrados 658 homicídios nos primeiros três meses deste ano, representando uma redução de 8,3% na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 710 vítimas. Essa transformação é ainda mais evidente na confrontação com a situação do início da série histórica, em 2001, quando mais de 3,4 mil pessoas foram mortas intencionalmente, resultando em uma taxa de 35,6 homicídios dolosos por 100 mil habitantes.

Segundo o coordenador de Análise Criminal e Pesquisa (CAP) da SSP, major Rodrigo Vilardi, ‘‘o cenário que a gente tinha na época da virada do milênio era de preservação de cadáver e conflitos constantemente. O homicídio era até algo banal de tantos casos que aconteciam. Para ter os números que temos hoje, houve um processo de reestruturação, então separamos as companhias por distritos policiais, integramos as Polícias Civil e Militar e deixamos cada equipe responsável por determinadas áreas’’, explicou.

Enquanto São Paulo demonstra progressos significativos na redução da violência, outros Estados enfrentam desafios mais expressivos, conforme a SSP. Minas Gerais, o segundo Estado mais populoso do País, apresenta uma taxa de homicídios dolosos de 12,46 por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro com 20,83, Bahia com 31,99 e Paraná com 14,61. (Da Redação, com informações da SSP)