Andar pela rua da Penha, uma das vias mais movimentadas no centro de Sorocaba, exige cuidado: piso tátil para deficientes visuais sem a devida manutenção e buracos são os principais obstáculos.

“Os problemas estão espalhados por toda a parte, os pisos precisam de manutenção ou serem trocados com urgência. É muito buraco, é um perigo alguém cair e se machucar”, comenta Oswaldo Chileze, de 78 anos. E ele diz que não é só na região central. O mesmo problema, segundo ele, ocorre na avenida Dr. Armando Sales de Oliveira, no Trujillo.

Moradora do centro de Sorocaba, Mirian Regina Salvador de 60 anos, comenta que passa por essa região quase todos os dias. “A falta de manutenção nas calçadas, principalmente na rua da Penha exige muito cuidado. Tenho limitações para andar, então minha atenção deve ser redobrada”, explica.

Em outro ponto, onde há grande circulação de pessoas, a praça Cel. Fernando Prestes, as tampas que cobrem fios ou encanamentos estão afundando. Já na rua da Penha com a rua Maylasky, o piso tátil, essencial para deficientes visuais está incompleto.

Para Salvador Stefanelli, uma providência a ser tomada pela Prefeitura de Sorocaba seria formar uma força-tarefa para acelerar o processo de fiscalização e solução. “Formar equipes para percorrer as vias centrais numa espécie de mutirão e identificar as irregularidades junto aos proprietários seria ideal”, explica.

Resposta

A Prefeitura de Sorocaba foi questionada sobre a situação. Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (Seplan) informou que enviará, o mais breve possível, uma equipe da Fiscalização de Obras até os locais mencionados pela reportagem para averiguação. A Seplan informa que proprietários e responsáveis técnicos de obras particulares devem seguir a Lei Municipal nº 1.602 de 1970 de calçadas acessíveis, além de serem responsáveis pela manutenção delas.

Paralelamente, a Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo) informa que também enviará uma equipe para tomar as providências cabíveis em relação ao piso tátil.

A nota da Secretaria diz ainda: “A fiscalização de obras particulares age para coibir irregularidades. As ações são administrativas, isto é, primeiramente o proprietário é intimado e, não sendo resolvido o problema, é aplicada a multa”. Caso o munícipe presencie calçadas ou terrenos não cuidados da forma adequada, deve ligar para o 156 ou enviar mensagem, com vídeo ou foto, para o WhatsApp (15) 99129-2426. (Gabrielle Camargo Pustiglione)