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Educação

Rede estadual passa a avaliar alfabetização em tempo real

O teste de fluência pode ser aplicado entre alunos do 2º e 5º anos do ensino fundamental

24 de Abril de 2024 às 22:25
Cruzeiro do Sul [email protected]
A ferramenta oferece ao docente a comparação entre o texto original e o teste de cada aluno e os classifica
A ferramenta oferece ao docente a comparação entre o texto original e o teste de cada aluno e os classifica (Crédito: DIVULGAÇÃO / GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO)

O programa Alfabetiza Juntos SP, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc), que avalia a fluência leitora dos alunos da rede estadual, foi ampliado para abranger quatro anos do ensino fundamental 1. O teste que, até o mês passado era realizado apenas para os estudantes do segundo ano, passou a ser feito também para aqueles que frequentam do terceiro ao quinto anos. O anúncio foi feito ontem, pelo secretário Renato Feder.

Outra novidade anunciada pelo titular da Seduc é a implantação de uma ferramenta que permitirá aos professores acesso simultâneo ao resultado e um mapa do desenvolvimento de cada aluno e de sua sala de aula. O “Fluencímetro” é uma das atividades da Elefante Letrado, ferramenta de leitura disponível para os anos iniciais do ensino fundamental da rede paulista, que integra as ações da Educação de São Paulo e está disponível em 17 Estados e nove países.

A ferramenta de leitura pode ser acessada por todos os professores dos anos iniciais do ensino fundamental e pelas 560 mil crianças de 6 a 10 anos de idade matriculadas do primeiro ao quinto ano em 1.389 unidades de anos iniciais da Seduc. O teste de fluência, por sua vez, pode ser aplicado entre o segundo e quinto ano, que concentram meio milhão de matriculados.

“Com essa ação, a Educação de São Paulo está expandindo o olhar para o processo de alfabetização em todo o primeiro ciclo do ensino fundamental, mais um passo do Alfabetiza Juntos SP. Nós temos uma meta de alfabetizar 90% dos estudantes do segundo ano até 2026. Na avaliação de fluência leitora já em curso, os resultados apontam que estamos no caminho certo e já temos 64% de leitores iniciantes e fluentes. É preciso garantir a equidade e esse patamar também para estudantes matriculados nas outras turmas dos anos iniciais”, afirma Feder.

Como o teste é feito

No teste, os estudantes devem ler um texto e o áudio é disponibilizado em uma área de trabalho exclusiva do professor regente de sala. A ferramenta oferece ao docente a comparação entre o texto original e o teste de cada aluno e os classifica, a partir da fluência e tempo de leitura, entre os níveis abaixo do básico, básico, adequado e avançado.

A novidade é que o resultado do teste aparece automaticamente na área de trabalho do professor, que consegue comparar os resultados de toda a turma e, ainda, a evolução de cada criança ao longo das edições do ano do teste.

Em 2024, a Seduc organizará três edições do teste para os alunos dos anos iniciais. A primeira delas acontece entre os dias 22 de abril e 9 de maio. No cronograma sugerido pela Secretaria da Educação, as escolas e professores podem aplicar os testes nas seguintes datas: 22 a 26 de abril, para estudantes do quarto e quinto anos; 29 a 6 de maio, para estudantes do segundo e terceiro anos. Além disso, entre 7 e 9 de maio, as unidades podem organizar a repescagem, para estudantes ausentes nas datas de aplicação.

Mais leitura

Para desenvolver a competência leitora, as crianças têm acesso a cerca de 500 títulos literários no sistema operacional, que podem ser acessados por meio de tablets e computadores das escolas ou até mesmo do celular dos pais e responsáveis.

O acervo do programa é um apoio e complemento ao processo de leitura que acontece dentro de todas as salas de aula, e pode ser apresentado de duas formas: para leitura e audição. Dentro da ferramenta, são disponibilizadas obras de diferentes gêneros textuais, como contos, poesias, crônicas e fábulas, classificados e mostrados na estante virtual de acordo com os níveis de proficiência do leitor — abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Nas turmas de anos iniciais das escolas estaduais, os livros ficam em estantes dentro das salas de aula, para que o acesso aos materiais seja constante.

Até a primeira quinzena de abril, 124,5 mil estudantes já estavam utilizando o ambiente. (Da Redação, com informações da Seduc-SP)