Na altura do número 800 na avenida doutor Ulysses Guimarães, no Parque das Laranjeiras, as casas coloridas já podem ser notadas de longe. Laranja, verde, roxo, azul e amarelo são as cores das construções. As melhorias fazem parte do programa Viver Melhor, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (CDHU) do Governo do Estado de São Paulo, que também contempla reparos internos nas casas.

Juracir de Jesus, de 56 anos, reside na região há 22 anos. O telhado da casa dele foi restaurado. “Antes, toda vez que chovia a minha casa enchia de água, estragava os móveis e as paredes. Eu queria comprar um sofá novo, mas não podia porque iria danificar”, conta.

As telhas de barro do imóvel foram trocadas por telhas de fibrocimento e as paredes pintadas de laranja escolha da moradora. “Faz aproximadamente um ano da reforma, e eu estou muito feliz. Além de não entrar mais água, a casa ficou mais bonita”, comenta feliz.

Segundo a coordenadora da graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Sorocaba (Uniso), Paola de Oliveira Jaekel, as pessoas costumam associar cor à vida, principalmente as vibrantes. “Para quem mora na região, a pintura é uma valorização. Um lugar bonito pode mudar, inclusive, o comportamento da população, uma vez que evita atos de vandalismo e a manutenção é garantida”, aponta.

O morador Pedro Caetano Lopes, de 62 anos, está entre as pessoas que sentiram esse efeito. Além da pintura e do reparo no telhado, instalações hidráulicas e de pisos foram feitas no imóvel. “Eu só tenho a agradecer. Antes era um barracão, hoje é uma casa”, conta.

No Parque das Laranjeiras, o projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação contempla 404 moradias. Em nota, o órgão informa que 346 reformas já foram concluídas e apenas 11 moradores não aceitaram as melhorias. As obras tiveram início em novembro de 2021 e devem ser finalizadas em julho deste ano.

Sobre o Programa

A iniciativa contempla áreas de domicílios com precariedade habitacional, com o propósito de proporcionar melhorias e adequações. Os imóveis devem ser regularizados ou passíveis de regularização, além de não apresentarem fatores de risco.

“Além das intervenções de pinturas internas e externas, as moradias passam por reparos em geral, manutenção corretiva, requalificações e adaptações nas estruturas precárias. Quanto às cores, são escolhidas para gerar à comunidade uma nova identidade, sendo usadas principalmente cores fortes e alegres”, esclarece o CDHU.