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Saúde

Atendimentos de síndromes respiratórias aumentam na rede municipal

Neste ano já foram 8.298 atendimentos, até quinta-feira (18), enquanto no mesmo período do ano passado, 7.635; um crescimento de 8,68%

19 de Abril de 2024 às 23:02
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Médico explica que alguns cuidados ajudam a evitar o agravamento do quadro clínico
Médico explica que alguns cuidados ajudam a evitar o agravamento do quadro clínico (Crédito: Fábio Rogério (19/04/2024))

Embora o frio ainda não tenha começado de fato, o número de atendimentos relacionados a síndromes respiratórias na rede municipal de saúde de Sorocaba já aumentou 8,68% de 1º de janeiro a 18 de março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. No ano passado, houve 7.635 atendimentos, enquanto, em 2024, foram 8.298, até quinta-feira (18). Os dados são da Secretaria da Saúde (SES).

Segundo a SES, do total de consultas registradas neste ano, 6.252 são relativas à gripe e 2.046, à Covid-19. A coordenadora da Unidade Básica de Saúde (UBS), Cerrado Iracema Patrícia Leite, explicou que, para tentar diminuir os casos de síndromes respiratórias, ocorreu a antecipação da vacinação contra a gripe neste ano. A campanha vem sendo realizada desde o início de abril, enquanto, antes, começava, geralmente, no fim do mês. “Estamos vacinando antes de o inverno chegar e isso impede a propagação dos vírus e das síndromes gripais”, afirmou.

A cobertura vacinal contra a Influenza no município encontra-se 24,2%, com 56.475 doses aplicadas aplicadas até esta sexta-feira (19). A meta é chegar a 95%. Para Iracema, o índice está dentro do esperado, pois a imunização teve início há pouco tempo. Somente na unidade, conforme ela, houve a aplicação de 3.108 doses até ontem. “É muita procura, principalmente, entre os idosos acima de 60 anos”, disse.

O imunizante está liberado para grupos prioritários. São eles: idosos com 60 anos ou mais; gestantes e puérperas; profissionais de saúde; trabalhadores da educação; crianças na faixa entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo; trabalhadores portuários; indígenas; população em situação de rua; profissionais das forças de segurança e salvamento; população do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas com idades entre 11 e 21 anos.

Covid-19

Em relação à Covid-19, desde o início da pandemia, houve a aplicação de 691.904 primeiras doses (96% de cobertura); 624.354 da 2ª (86,5%); 440.453 da 3ª (61%); 221.338 doses adicionais (30,8%); e 180.743 doses de vacinas bivalentes (24,6%). Neste ano, a cidade contabiliza, até o momento, 2.406 casos confirmados da doença e 12 mortes.

Cuidados

Cuidados simples ajudam a prevenir as síndromas respiratórias. O médico Lucas Miguel de Almeida, também da UBS Cerrado, recomenda, principalmente, evitar locais aglomerados. “Mesmo não estando mais no período crítico da pandemia, (...) não devemos nos expor. Quanto mais lotado o ambiente, mais espalha a carga viral”, orientou. Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, é outra medida primordial. Quando não houver pia próxima, aconselha-se o uso de álcool em gel.

Deve-se, ainda, manter a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir e espirrar, além de higienizar as mãos depois. De acordo com o clínico geral, essa ação também inibe a disseminação de vírus.

Almeida ainda aconselha a população a se hidratar corretamente, com a ingestão de dois a três litros de água por dia. Ele explica que beber água regularmente auxilia na lubrificação das vias áreas. Indica, também, o aumento no consumo de alimentos saudáveis, para elevar a imunidade. Quem estiver doente deve redobrar a restrição em relação a frituras e gordura. “Coisas muito gordurosas costumam piorar todo o quadro clínico”, informou.

Conforme o especialista, pessoas doentes têm de procurar um serviço de saúde ao menor sinal de agravamento do quadro. Ele destaca que, como a cidade enfrenta uma epidemia de dengue, ao buscar atendimento rapidamente, o paciente descobre se está com a doença ou se realmente trata-se de uma síndrome respiratória. Com isso, inicia, prontamente, o tratamento adequado.

(Vinicius Camargo)

 

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