Moradores do Jardim Santa Rosália estão preocupados com o tráfego de caminhões na rua Morvan Dias Figueiredo e na rua João Evangelista Fogaça, que liga as avenidas Roberto Simonsen e Pereira da Silva. O peso e a trepidação provocada pelos veículos de carga estariam danificando as construções da região. Conforme os reclamantes, o problema estaria acontecendo há cerca de dois meses.

Rita de Cássia Rinaldi Leite mora há mais de 50 anos no local. Segundo a aposentada, depois que os caminhões começaram a transitar na via, rachaduras apareceram em sua casa. Cabos e fios que atravessam as ruas também já foram danificados. “Está passando muito caminhão o dia inteiro e um pouco à noite também. É muito barulho e está estragando as casas, o asfalto está rachando, não era rachado desse jeito, e o muro da minha casa está trincado”, contou. A moradora relata que a via estreita tem recebido trânsito até mesmo de caminhões cegonha — “daqueles que levam muitos carros em cima”, explicou.

Décio Silva Mendes, que também é morador do bairro, ressalta que as residências naquela região da cidade são muito antigas — a maioria da década de 1940. Por isso, não têm suportado os veículos pesados. O muro da casa dele está igualmente danificado.

Mendes ressalta ainda que a região é “uma vila de aposentados” e o barulho dos caminhões está incomodando a população, a maioria com mais de 60 anos de idade. “Hoje, os caminhões que passam aqui são muito pesados. E todos querem sossego, paz. Os caminhões passam em qualquer horário, buzinando, atrapalha bastante”, disse.

Sinalização proibindo

Para resolver o problema, os moradores pedem à Prefeitura que sinalize o local com placas proibindo o tráfego de caminhões nas ruas mais estreitas, como João Evangelista Fogaça e Morvan Dias Figueiredo. “Queremos que mude o tráfego de caminhões para o outro lado. É muito barulho, muito peso aqui para o asfalto. Eles pulam aqui, fazendo a casa tremer. Talvez estrague tudo e aí quem que vai pagar a nossa casa? A Prefeitura pode dar um jeito de desviar, colocar uma plaquinha, porque antes não era assim”, finalizou Rita de Cássia.

Em nota, a Secretaria de Mobilidade (Semob) informou que enviará uma equipe ao local, a fim de apurar o caso e a necessidade de algum tipo de intervenção viária e de mobilidade. A Defesa Civil ressalta que se coloca à disposição dos moradores para a realização de vistoria, a fim de constatar se a estrutura do imóvel oferece algum tipo de risco. Para isso, o munícipe deve fazer o pedido pelo telefone 199 ou pelo WhatsApp (15) 99198-3049, detalhando o caso e enviando fotos.