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Comissão Especial de Restauro da Capela João de Camargo é proposta

Sugestão foi anunciada ontem, durante audiência pública na Câmara

16 de Abril de 2024 às 22:44
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Foto de 22 de janeiro deste ano, tirada, após as fortes chuvas que atingiram a Capela João de Camargo
Foto de 22 de janeiro deste ano, tirada, após as fortes chuvas que atingiram a Capela João de Camargo (Crédito: EDMILSON JODAR LOPES (22/1/2024))

Uma Comissão Especial de Estudo para Restauro da Capela João de Camargo deve ser criada nas próximas semanas na Câmara de Sorocaba. A informação foi dada pelo vereador Fábio Simoa durante a audiência pública realizada ontem (16), à tarde, para debater a situação. A iniciativa do encontro foi do parlamentar, que também preside a Comissão de Cultura e Esportes da Casa.

“Quero agradecer todos que me procuraram para organizar e ampliar esse debate sobre a restauração de tão grandiosa e valiosa capela. Fico feliz e honrado de estar aqui hoje representando a comissão de Cultura”, disse o vereador, após lamentar a situação em que ficou o prédio após as fortes chuvas que atingiram a cidade no mês de janeiro.

Além dele, estiveram presentes no encontro outros vereadores, representantes de órgãos ligados ao patrimônio público, entre eles, o superintendente Estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Danilo Nunes.

Durante a sessão, o especialista disse que não se pode fechar os olhos para a Capela, pela importância que ela tem. Danilo ressaltou, ainda, que um estudo está sendo feito no que diz respeito a recursos para catalogação e para transformar a igreja em um bem tombado a nível federal. “Me comprometo a conversar com o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) para juntos dar andamento nesse assunto”, prometeu o superintendente.

Daiana de Moura, representando os voluntários que estão atuando na recuperação da Capela, disse que o que aconteceu foi um “ultraje”, além de uma tragédia. Segundo ela, o patrimônio negro vem sofrendo ataques e os danos na Capela João de Camargo ainda causam pesadelos. “Esse processo (de restauração) precisa ser reconhecido, legitimado, fortalecido e levado a cabo em todas as instâncias. Pois, maior do que todos nós é o patrimônio negro brasileiro, e esse patrimônio vai continuar. Isso aqui é um exemplo, de quanto ele tem força”, afirmou Daiana, que pediu comprometimento de todos os participantes do evento. “Só para começar, a média de custo é entre R$ 85 mil e 90 mil”, disse, se referindo apenas ao projeto de restauração.

Maíra Sfeier, que também é arquiteta e voluntária na recuperação da Capela, passou um panorama técnico sobre o trabalho e os problemas de uma má execução de restauro. Segundo a conselheira, houve danos estruturais no prédio e que são necessários diversos estudos para entender as necessidades para a restauração. A conselheira pontuou, ainda, que uma necessidade da administração pública, para evitar esse tipo de ocorrência, é uma revisão do sistema de drenagem da cidade. Questionada sobre o valor para o total da obra, Maíra disse que são necessários estudos para entender o que é preciso.

Outras perguntas e sugestões foram apresentadas e respondidas pelos participantes, bem como pedidos de mobilização do poder público e parcerias com outras secretarias para buscar soluções para prevenir futuros problemas na região da capela.

O secretário de Cultura de Sorocaba, Luiz Antonio Zamuner, explicou que todos os núcleos da cidade estão trabalhando e que, juntos, contribuem para restaurar a Capela o mais breve possível. De acordo com ele, o Fundo da Cultura deve ser utilizado. Estão faltando, apenas, algumas questões burocráticas, informou. (Da Redação)

 

 

 

 

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