Três novos óbitos por suspeita de dengue entraram, nesta segunda-feira (15), no levantamento disponibilizado pela Prefeitura de Sorocaba. No total, são sete mortes que esperam o resultado do Instituto Adolfo Lutz, responsável pelas análises. De acordo com a pasta de saúde municipal, os novos óbitos incluem dois homens, de 26 e 69 anos, e uma mulher de 36 anos. Os três não tinham comorbidades.

Em relação aos casos, Sorocaba contabiliza 7.885 confirmações, sendo 7.731 autóctones — quando a doença é contraída no município —, 146 importados e oito indeterminados. Até o momento, a cidade confirmou quatro mortes pela doença.

De olho no terreno

Uma das maneiras de combater a transmissão do mosquito Aedes aegypti é evitar que a larva se prolifere. Não deixar água parada é uma delas. No entanto, a reportagem esteve no bairro Aparecidinha, na tarde de ontem (15), e presenciou áreas com entulho e restos de construção. O local foi sugerido por um ouvinte da rádio Cruzeiro FM 92,3.

Em alguns terrenos, a limpeza é feita corretamente pela Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo), porém, há moradores que aproveitam espaços desocupados para jogar lixo e descarte irregular. Em pouco tempo, no bairro, a reportagem encontrou cama, sofá, colchões, além de copos, sacos plásticos, entre outros, na rua Quirino de Mello e na estrada do Barreiro. Com o tempo chuvoso, os objetos largados dessa maneira são propícios para acúmulo de água, um fator a mais para as larvas do Aedes proliferarem-se.

Com a não colaboração da maioria, uma placa precisou ser colocada em uma área verde da rua Luiz Alberto Mitidieri. Nela, está escrito: “Por favor, vamos colaborar. Aqui, não é lixão! Obrigado”. Perto do local, mora o seu Atervaldo Saraiva Lisboa. Segundo o aposentado de 78 anos, antes do aviso, era comum jogarem resíduos no local, mas depois pararam. A área, hoje, tem até algumas plantas cultivadas por ele.

“É difícil a gente ver o pessoal jogando as coisas lá. A maioria joga o lixo à noite, aí ninguém vê mesmo. Também nem sempre são moradores, tem gente que vem de fora e joga as coisas aqui”, comenta seu Atervaldo.

Para o aposentado, tanto o governo municipal quanto a população precisam trabalhar juntos para diminuir os casos de dengue e escorpião, que têm crescido bastante no município. “A prefeitura vem e limpa, aí, tem gente que joga lixo de novo. Aí, aumenta (a dengue) e depois reclama. O ser humano, às vezes, é triste”, finaliza o morador.

Onde jogar o entulho?

O local correto para descarte de resíduos inertes é o ecoponto. De acordo com a Serpo, os munícipes podem descartar, de forma gratuita, um metro cúbico nos espaços. São quatro unidades: Vila Helena, Cajuru, Júlio de Mesquita Filho e Vila Isabel.

Os itens aceitos nos ecopontos são: madeiras de construção civil, recicláveis, resíduos eletrônicos e eletrodomésticos, móveis velhos, entulho de obras, podas e vegetação. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e aos sábados, das 7h às 12h. Outros detalhes podem ser consultados pelo telefone 156, que é gratuito.

(Thaís Marcolino)