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Segurança

Representantes da RMS discutem propostas para aumentar integração entre as cidades

A criação de Escritórios Técnicos de Projetos Estratégicos e o programa Muralha Paulista foram discutidos

15 de Abril de 2024 às 22:46
Beatriz Falcão [email protected]
Integrantes do poder público e da Agência Metropolitana participaram do encontro
Integrantes do poder público e da Agência Metropolitana participaram do encontro (Crédito: ARTHUR BRANÇAM 15/04/2024)

A integração entre os municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) foi tema da 34ª Reunião nesta segunda-feira (15). O encontro reuniu membros e representantes do poder público e da Agência Metropolitana de Sorocaba na Universidade do Cavalo, localizada no bairro de Itinga, para debater a implementação de projetos na região, como a Muralha Paulista e de Escritórios Técnicos de Projetos Estratégicos.

“É muito importante essa comunicação entre as equipes, pois os problemas são comuns. A água nasce em um município e corre para o outro”, afirmou o prefeito de São Roque e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Sorocaba (CDRMS), Guto Issa. “Hoje somos a região que mais cresce no Estado de São Paulo, a segunda mais agrícola, isto é, somos uma potência econômica. E não adianta a gente crescer de forma desorganizada e sem qualidade de vida”, disse.

Questões econômicas também foram tratadas na reunião. A Região Metropolitana de Sorocaba é caracterizada mais pela importação, do que pela exportação. Segundo dados do Centro das Indústria do Estados de São Paulo (Ciesp), no período de 2019 a 2023, a região exportou US$12,2 bilhões, em contrapartida, importou US$19,4 bilhões um saldo negativo de US$7,2 bilhões.

Para reverter esse quadro, os professores Angelo Pêpe Agulha e Luiz Leite, da Athon Ensino Superior, apresentaram o “Prognóstico e Recomendações sobre a Projeções e Cenários de Exportação da RMS”.

“Hoje, nós percebemos uma proliferação de médios e pequenos empresários, que tiveram acesso à exportação e desmistificaram a dificuldade”, apontou Angelo. “Muito pelo contrário, atualmente os correios facilitam a operação, a burocracia envolvida é muito menor, e os ganhos tributários são mais interessantes”.

A RMS é divida em três sub-regiões, cada um com sua potência. A Sub-região 1, composta por Alambari, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Jumirim, Sarapuí, Tatuí, Tietê e Itapetininga, são fortes na agropecuária.

As cidades de Alumínio, Araçariguama, Ibiúna, Itu, Mairinque, Porto Feliz, Salto e São Roque, que integram a Sub-região 2, se destacam pela logística e transporte.

A sub-região 3, formada por Araçoiaba da Serra, Iperó, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, Sorocaba, Tapiraí e Votorantim, tem caráter industrial. Portanto, a ideia dos docentes é que os municípios façam uma análise de suas forças e fraquezas, para que juntos, possam se complementar na cadeia produtiva e aumentar o número de exportações.

“As sub-regiões, nesse sentido, precisam ter uma integração para criar uma cadeia de produção”, acrescentou Angelo.

Muralha Paulista

O sistema de interligação e monitoramento de câmeras e radares entre os municípios da RMS, a Muralha Paulista, foi apresentado aos representantes do poder público durante a 34ª Reunião do Conselho pelo tenente Marcelo Douglas de Souza, coordenador do Grupo de Tecnologia da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

“A ideia é que a gente faça a redução da mobilidade criminal, com a ideia de que estamos fazendo a implementação de vários sensores, para que eles possibilitem que não haja a migração do crime”, esclarece o tenente Souza. “Além do benefício de ter, em todo local, a visualização do que está acontecendo e, principalmente, a pronta resposta de qualquer força municipal, seja municipal ou estadual”.