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Associação pede apoio para restaurar capela

Adriano Molina utilizou tribuna da Câmara para fazer balanço da situação da igreja João de Camargo após temporal

13 de Abril de 2024 às 22:00
Vanessa Ferranti [email protected]
A segunda etapa prevê obras internas na capela e, por isso, será mais complicada
A segunda etapa prevê obras internas na capela e, por isso, será mais complicada (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (21/2/2024))

O diretor da Associação Espírita e Beneficente Capela Nosso Senhor do Bom Fim, mantenedora da Capela João de Camargo, localizada no Jardim Paulistano, Adriano Molina, utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Sorocaba, durante a sessão ordinária de quinta-feira (11), para pedir o auxílio dos vereadores e da Prefeitura para a restauração da igreja. O objetivo foi convocar os parlamentares e o Poder Executivo a participarem de uma audiência pública que ocorrerá na terça-feira (16). A associação precisa de recursos financeiros para reparar os danos estruturais causados pela fortes chuvas que atingiram a cidade no início do ano. Segundo ele, somente a elaboração dos projetos devem custar em torno de R$ 80 mil.

Molina pediu a união dos vereadores em favor da causa, solicitando a alocação de verbas por meio de emendas ao orçamento. Além disso, incentivou os parlamentares a explorarem com a Prefeitura possibilidades para a associação arrecadar recursos, como a oportunidade de ter uma barraca ou outro espaço na Festa Junina Beneficente de Sorocaba.

A Capela João de Camargo foi danificada durante uma tempestade que atingiu Sorocaba em janeiro. O córrego da Água Vermelha — que passa atrás do templo — transbordou e causou estragos na estrutura interna e externa do imóvel. Os muros da capela caíram e dois cômodos, quarto e cozinha, ambos com estruturas originais da construção de 1910, ficaram completamente destruídos. Além disso, também foram perdidas imagens históricas dos séculos 17 e 18.

Na sexta-feira (12), em entrevista ao Cruzeiro do Sul, o diretor da entidade explicou que o processo de recuperação foi dividido em etapas. Em um primeiro momento, são realizados reparos emergencias, como a manutenção da calçada e dos muros que foram derrubados. Para esse trabalho, a associação recebeu doações da iniciativa privada e de voluntários. Essa primeira fase do restauro ficou em R$ 250 mil. A obra deve ser finalizada em cerca de 30 dias.

“Foi tudo pela associação, juntamente com os voluntários, zero de verba pública, porque não podíamos esperar a burocracia do poder público, não podíamos deixar os muros caídos até o poder público se mobilizar, então, conseguimos angariar. Agora, para essa etapa, que é mais complexa e mais cara, estamos brigando para ter esse auxílio”, explicou Molina.

Conforme o diretor da associação, a segunda etapa, que inclui a restauração interna da capela, é mais complicada, pois é necessário analisar as estruturas do imóvel. Além disso, a elaboração dos projetos devem seguir a legislação de prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, com o acompanhamento de um arquiteto especializado em restaurações. Estima-se que o custo para elaboração dos projetos gire em torno de R$ 80 mil. Somente após a conclusão dessa etapa, a associação terá o orçamento completo para a realização da obra.

“A batalha para essa etapa é angariar recursos para conseguir custear esses projetos e com esses projetos em mãos conseguirmos mensurar efetivamente quanto vai ficar a restauração completa, que precisa ser feita internamente e estruturalmente, fora essa parte emergencial que já estamos fazendo”, declarou.

Ajuda da comunidade

Após os estragos causados pelas chuvas, voluntários foram à capela e auxiliaram na limpeza do local. Muitas pessoas também fizeram doações à instituição. Além disso, o empresário Sérgio Reze doou um carro novo para ajudar no custeio dos serviços. A princípio, o veículo seria rifado. No entanto, conforme o diretor da associação, o processo para isso é muito burocrático.

“Há uma complexidade bem grande para fazer essa rifa, não é fácil. Ela demanda, inclusive, investimento, com publicidade, gráficas certas para fazer os cupons, tem número mínimo de vendas... é uma estrutura bem complexa. Estamos com as normativas, estamos estudando com os diretores, juntamente com os voluntários a melhor maneira. Talvez, tenhamos de abdicar de fazer a rifa e ver com o senhor Sérgio Reze se ele nos autoriza a vender o carro diretamente, porque o nosso medo é investir um dinheiro alto que não temos e o resultado final acabar sendo aquém do que a gente espera. Estamos analisando certinho para ver como faremos isso. Por enquanto, estamos nessa fase de análises, de estudos”, explicou.

Atualmente, a capela permanece fechada para visitação. No entanto, o terço continua ocorrendo aos domingos, às 10h, em uma sala mais nova, anexa à capela.

Quem tiver interesse em fazer uma doação ou ajudar com trabalho voluntário a Capela João de Camargo pode entrar em contato por meio do Instagram da capela (@capelajoaodecamargo) ou comparecer no local. O endereço é avenida Barão de Tatuí, 1.083, no Jardim Paulistano. Os dados da conta bancária para transferência e Pix também estão disponíveis nas redes sociais da capela.

“Quem quiser ser voluntário pode me procurar na capela. A gente faz o cadastro da pessoa, se ela quiser ajudar com trabalho, divulgação ou com eventos. Procurando, conseguimos viabilizar alguma maneira de sermos ajudados, porque, às vezes, a pessoa não tem condição financeira, mas ajuda de outra maneira. É só nos procurar, porque auxílio sempre é necessário”, finalizou Adriano Molina.

 

 

 

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