SSP
Diminui ocorrências de crime contra o patrimônio
Toda ação que tenha por fim atentar contra o patrimônio de uma pessoa ou organização é considerado “crime contra o patrimônio”. A sensação de quem anda na rua ou deixa algum objeto sem o devido respaldo é de que a qualquer momento alguém o subtraia. Mas, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de ocorrências registradas com esse fim tem diminuido em Sorocaba.
Números de janeiro e fevereiro deste ano mostraram que 2.103 boletins de ocorrências de crimes contra patrimônio foram feitos na Manchester Paulista, enquanto no mesmo período de 2023, o número era de 2.319. Uma queda de 9,3%.
Entre os crimes que compõem o levantamento da SSP está o latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo e furto a banco, de carga, veículos, entre outros.
Em 2024, comparando os dois primeiros meses do ano, o roubo caiu de 115 para 101; roubo de veículo, de 30 para 18; furto, de 718 para 635 e furto de veículo, de 147 para 122.
Em todo o ano passado, a SSP registrou 14.965 boletins de ocorrência em crimes relacionados ao patrimônio. O líder é o furto (em que a subtração de celulares, por exemplo, está inserido). Foram 9.512 ao longo dos 12 meses.
Para o delegado seccional de Sorocaba, José Humberto Urban Filho, a queda nos números está ligada com a postura das mais variadas frentes da segurança pública em esclarecer diversos crimes, desde os “pequenos”, que acabam sendo a maioria quando relacionado ao patrimônio.
Possível motivação
Outro apontamento de Urban é que muitos dos crimes em que é subtraído um bem da vítima, o ato é, geralmente, para manutenção do tráfico de drogas. Por isso, a atenção também está voltada para os que comandam esse sistema. “Porque combatendo o tráfego, a venda pode ser mais complicada de ser efetuada. Aí, ele não ‘precisa’ cometer um crime de furto e ter o dinheiro para comprar a droga”, relatou o delegado seccional. “Outra coisa, nós aumentamos muito o combate ao ferro velho também. É comum furtarem fiação elétrica, por exemplo, para venderem nesses lugares. É um combate diário”, complementou.
Apesar de parecer, tais crimes não é uma particularidade de Sorocaba e região. A prática infracional é vista em todo País e, porque não dizer que no mundo. “Digo que o maior problema do mundo chama-se tráfico de entorpecentes. E o foco é combater quem comanda o tráfico, porque daí vai em cadeia diminuindo e reflete lá embaixo”, observou o delegado.
Tem como evitar?
Um dos crimes que tem se tornado comum é o roubo e furto de celular. O aparelho acabou se tornando o “queridinho” de vários criminosos. De acordo com Urban, a maneira que alguns pessoas o carregam acaba facilitando o interesse da bandidagem. “O jovem, principalmente, anda mais tranquilão, com o celular à mostra e isso gera interesse”, comentou.