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Política

Danilo Balas defende que educação e segurança pública estão interligadas

Parlamentar usa a experiência profissional até mesmo na elaboração de projetos de lei

30 de Março de 2024 às 22:12
Denise Rocha [email protected]
O deputado estadual Danilo Balas reforça a importância do apoio da esposa Fernanda e da filha Júlia, de seis anos
O deputado estadual Danilo Balas reforça a importância do apoio da esposa Fernanda e da filha Júlia, de seis anos (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A experiência de mais de 30 anos nas forças policiais é o que serve como fundamento para o trabalho do deputado estadual Danilo Balas (PL). O sorocabano conta que a atuação profissional ajuda a entender com clareza os desafios que precisam ser enfrentados na área da segurança pública. “Entrei muito jovem, com 17 anos na Polícia Militar de São Paulo, fiquei 12 anos na corporação, atuei na capital, na zona sul de São Paulo, nos bairros Sacomã, Heliópolis e Jabaquara. Depois prestei o concurso para agente da Polícia Federal. Foram três anos no Acre, na fronteira; depois mais três anos, na região entre Brasil e Bolívia; depois foram cinco anos em Brasília, no setor de operações táticas, atuando contra o crime organizado, combate à corrupção e tráfico de drogas. Em seguida consegui a transferência para Sorocaba”, conta. Danilo conhece quase todo o País, só não esteve nos estados do Piauí e Sergipe.

“É muito importante ter essa experiência, hoje sou membro efetivo da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penintenciários, que cuida dos projetos de lei referentes à área. Têm deputados que não sabem como é o dia a dia dos policiais, a ausência de recursos materiais e humanos e o abandono das forças policiais vivenciado nos últimos anos”, explica ao relacionar a experiência de vida ao trabalho como parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Com um perfil de dar respostas diretas e objetivas, ele ressalta que só mesmo quem vive o cotidiano do combate ao crime, sabe os riscos que são enfrentados por homens e mulheres que se decidiram por essa missão. “Atacar o governador Tarcísio de Freitas ou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que aliás também é sorocabano, é fácil. Quero ver é no dia a dia, na ocorrência policial, onde você tem milissegundos para decidir se você responde a uma agressão injusta... se esperar, toma dois tiros ou um inocente perde a vida, a atuação da polícia em São Paulo é uma atuação de guerreiros e guerreiras que estão combatendo o crime”, afirma. Para ele, é impossível resolver um problema “da noite para o dia, em um ano e quatro meses de governo”.

Caminho

O apoio da família e a educação são temas que também estão entre os preferidos pelo deputado. São assuntos que ele também trata com facilidade. Por isso, Danilo Balas acredita que aumentar a proximidade entre as policias e a população é um caminho para construir uma sociedade melhor. Ele cita a iniciativa da Polícia Militar, realizada em escolas onde o policial fardado conversa com os estudantes sobre a prevenção às drogas por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). “É preciso mudar o paradigma de quando os pais falam ‘olha lá o policial vai te prender’, e passar fazer uma referência de que é um amigo.

Ele também falou do projeto piloto, lançado em Sorocaba, pela Polícia Federal, o “Tamo Junto”, para levar os agentes até as escolas. “A educação é a base dessa mudança de visão da sociedade em relação as forças de segurança”, finaliza.

Na entrevista de quase 20 minutos, o deputado pelo Partido Liberal (PL) fala ainda da Operação Escudo, realizada na Baixada Santista, do tratamento dado por parte da imprensa ao trabalho da polícia e de três projetos de lei de sua autoria que estão tramitando na Assembleia. Um deles prevê sanções a invasores de terra ou prédios públicos e privados. “As lideranças do crime organizado usam mulheres e crianças; com a chegada da polícia elas são colocadas na linha de frente. A proposta é que pessoas que cometem as invasões de propriedades, após o devido processo legal, não poderão receber beneficios do governo, nem prestar concurso público, nem contratar com a administração, além do bloqueio de bens”, explica. Outro projeto é de interesse para quem quer ingressar na Polícia Civil de São Paulo; a fase oral da prova ficaria restrita ao cargo de delegado apenas, dando mais celeridade ao processo. E, por fim, o outro projeto é que estende para policiais penais e guardas civis municipais a possibilidade de terem o benefício em programas habitacionais. Atualmente, um percentual de 4% das unidades é destinado para policiais civis e militares que moram e atuam na mesma cidade.

Assista ao vídeo da entrevista no canal do Youtube do Cruzeiro do Sul para acompanhar a entrevista na íntegra