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Cadê a vacina?

Outra vez, Sorocaba fica fora da vacinação contra dengue

Remessa do Ministério da Saúde para abril não inclui Sorocaba e região

30 de Março de 2024 às 22:11
Cruzeiro do Sul [email protected]
Com mais de 5 mil casos confirmados, Sorocaba está em estado de emergência 
 para dengue desde o início de fevereiro
Com mais de 5 mil casos confirmados, Sorocaba está em estado de emergência para dengue desde o início de fevereiro (Crédito: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE SOROCABA)

Mais 165 municípios brasileiros receberão uma nova remessa da vacina contra dengue no mês de abril. Entretanto, Sorocaba e região ficaram, novamente, fora da lista divulgada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (27). A decisão é diferente da anunciada em janeiro deste ano, quando o órgão federal prometeu que as 645 cidades que compõem o Estado de São Paulo teriam acesso ao imunizante até fevereiro, para dar início à vacinação da população. Entretanto, isso não ocorreu.

As únicas regiões paulistas incluídas na lista das que receberão o imunizante na futura remessa são Aquífero Guarani (abrangendo trechos das regiões de Ribeirão Preto e São Carlos), Campinas, São José do Rio Preto, Alto do Tietê e a capital do Estado.

Segundo o Ministério da Saúde, alguns critérios foram estabelecidos para a distribuição dos primeiros lotes da vacina: municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes. O governo também levou em conta a taxa de transmissão da doença nos últimos meses.

O imunizante é destinado a pessoas de 10 a 14 anos, público que concentra a maior proporção de hospitalizações pela doença. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. A previsão é que na próxima semana as doses redistribuídas comecem a ser utilizadas, dependendo do processo de remanejamento próprio de cada localidade.

O remanejamento das doses próximas do vencimento para municípios dentro dos próprios Estados será detalhado em nota técnica a ser divulgada, provavelmente, hoje (31). Mato Grosso do Sul não fará parte da redistribuição, pois todos os municípios do Estado foram contemplados inicialmente. É também o caso do Distrito Federal — a unidade federativa que abriga a capital federal não possui municípios. O Amapá foi selecionado para receber as doses que sobraram dessas unidades federativas, considerando a situação epidemiológica do Estado.

Cenário epidemiológico

O Brasil tem hoje mais de 2,3 milhões de casos prováveis de dengue e 830 mortes. Apenas no Estado de São Paulo, de acordo com o painel de monitoramento disponibilizado pela pasta de saúde estadual, até a tarde de ontem (30), eram 376 mil pessoas com confirmação da doença e 158 óbitos.

No Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Sorocaba, composto por 33 municípios, há 15 mil casos confirmados, ante 45 mil notificações. Em relação às mortes, são cinco em investigação e duas confirmadas.

Um dos municípios que mais tem casos na região de Sorocaba é Itu. Atualmente são 5.044 positivados e uma morte. A cidade possui um Centro de Atendimento Dengue em funcionamento desde fevereiro. A população pode dirigir-se à Unidade de Saúde (UBS) 5, de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h.

Situação em Sorocaba

O painel de monitoramento indica 13 mil notificações de dengue em Sorocaba e pouco mais de 5 mil confirmações. Até o momento, houve a constatação de uma morte (uma mulher de 40 anos) pela doença na cidade. Outro óbito aguarda resultado do Instituto Adolfo Lutz, que é a instituição responsável pelas análises.

Com o aumento do número de casos, em fevereiro, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) decretou situação de emergência. Entre as medidas anunciadas, a ampliação de horário de três UBS: Fiori, Hortência e Simus. As unidades de saúde funcionam, de segunda à sexta-feira, das 19h às 22h para atendimento exclusivo de pacientes com suspeita ou comprovação de dengue.
O decreto também autoriza o governo municipal a multar donos de imóveis e terrenos sujos que não cumpriram a determinação de efetuar a limpeza. Ele ainda libera a entrada da “nave mata mosquito” em locais abandonados sem autorização, para a pulverização de veneno.

(Da Redação)