Compradores do Brickell-Iguatemi protestam e buscam uma solução
A falta de resolução para as obras do empreendimento Brickell-Iguatemi, localizado no bairro Campolim, levou 84 pessoas a protestar em frente ao plantão de vendas do prédio ontem (23), à tarde. Por uma hora, o grupo de compradores falava “Iguatemi, CRB, cadê o meu apê”, enquanto caminhavam pela área externa e arredores do shopping Iguatemi Esplanada.
Murilo Garcia Pereira, de 39 anos, estava na expectativa de obter seu segundo imóvel, sobretudo pela localização, que foi um dos motivos que o levaram a confirmar a compra de mais de R$ 800 mil. Por ser da área da construção civil, acompanhava os informes da obra com cuidado. Porém, percebeu que havia problemas. Com o tempo, a ansiedade se transformou em frustração. “Me sinto roubado e lesado. A gente quer a construção, mas estamos abertos a uma negociação se preferirem a devolução do dinheiro. De qualquer forma, é uma situação muito ruim”, lamentou Murilo.
Ricardo Costa, de 40 anos, investiu cerca de R$ 850 mil no empreendimento. Quando percebeu que não tinha nada, além de um terreno cheio de terra, buscou a construtora CRB, mas não teve uma resposta efetiva. Por isso, os clientes acionaram a Justiça.
No último dia 14, a Justiça determinou que a administradora do Shopping Iguatemi Esplanada, a CSC 41 Participações continue a construção do prédio baseada na percepção de que é co-responsável pelas vendas. A decisão foi bem vista pelos compradores, mas não teve nenhuma tratativa até o momento. “O Brickell-Iguatemi contava com dois incorporadores. O primeiro era o Iguatemi, que foi idealizador, planejador e responsável por escolher a CRB como sua parceira negócios e que aparentemente o Iguatemi havia escolhido mal (a sua parceira)”, explicou Ricardo.
Por meio de nota, o Iguatemi informou que “tem ciência do processo que está se iniciando agora, não tendo ainda sido intimado para cumprir nenhuma decisão proferida nesse âmbito. Os argumentos jurídicos serão postos nos autos para que o judiciário tenha a oportunidade de melhor avaliar a questão e constatar que a responsabilidade é exclusiva da CRB Construtora”.
A reportagem questionou novamente a CRB Construtora, mas não obteve resposta. (Thaís Marcolino)
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