Público prefere ir a shows do que ao cinema
É o que indica pesquisa da Fundação Seade realizada com moradores da região de Sorocaba, com base na frequência dos últimos 12 meses
Um levantamento feito pela Fundação Seade apontou que moradores da região de Sorocaba preferem frequentar shows a cinema. Segundo a pesquisa, 36% da população da região frequentou sessões de cinema em 2023, número menor que os 50% de moradores que foram a um show ou espetáculo de música, teatro, circo ou outras artes da cidade ou região nos últimos 12 meses. A reportagem do Cruzeiro do Sul esteve no centro de Sorocaba na sexta-feira (22) para checar o resultado da consulta. Nas entrevistas, foi possível notar que pessoas acima de 50 anos preferem ficar em casa ao invés de frequentar cinema ou shows. Já no caso dos mais jovens, a opinião se divide.
A estudante Tamires Araújo, de 19 anos, disse que prefere ir para um show do que ao cinema. Porém, isso não significa que ela não goste de filmes. “O preço do cinema está muito caro. A pipoca e o refrigerante, por exemplo, estão caros. Na última vez que fui ao cinema, gastei em torno de R$ 100. Mesmo sabendo que os shows, muitas vezes, são mais caros, para mim, vale mais o investimento, por conta da diversão. Até porque, hoje, temos streamings”, argumentou Tamires.
Quem também prefere shows é a estudante Amanda de Camargo, de 21 anos. Para ela, o cinema já não é valorizado como antes. “Todos os filmes são mais acessíveis hoje, então acredito que por isso as pessoas deixam de ir ao cinema. Temos mais acesso aos filmes que estão em cartaz. E também, antigamente, os cinemas eram mais baratos”. Ela conta que a última vez que esteve no cinema foi em 2023. Em um único dia, gastou R$ 40 do ingresso, mais o valor gasto na pipoca e refrigerante.
Por outro lado, mesmo com preços considerados caros por uma parcela da população, a dona de casa Cidnéia da Silva, de 44 anos, não troca o cinema, aos finais de semana, por um show. A última vez que esteve no cinema foi em fevereiro deste ano e já planejava ir novamente ontem (23) a uma sessão com os dois filhos, de 4 e 8 anos. “Normalmente assisto filme infantil. Na última vez que fui ao cinema gastei em torno de R$ 200, comprando pipoca, refrigerante e os ingressos. Hoje gastamos muito para ir ao cinema, antigamente não era assim. Já show, não gosto. Prefiro o cinema”, enfatizou.
Tem quem prefira ir ao cinema e sabe economizar. É o caso do estudante Nicolas Góes, de 15 anos. Na última vez que foi assistir a um filme no telão, gastou R$ 50. A técnica usada para gastar pouco é comprar o que vai consumir no cinema em outros locais. “O que mais pesa é o valor do ingresso e da alimentação. Eu geralmente vou em alguma loja de shopping, compro algo para comer e levo para o cinema, assim economizo”, conta.
Público do Sesc é variado
A programação de shows do Sesc é bem diversificada, a curadoria busca mês a mês trazer uma experiência nova para o público, com artistas diferentes de diversos estilos musicais. Por exemplo no mês de abril teremos o especial Chorandinho, onde o choro é apresentado por abordagens mais tradicionais e por releituras modernas.
Já no caso do cinema, o projeto CineCafé, também traz especiais de mês a mês, os filmes são exibidos toda terça-feira e com entrada gratuita. Agora se for para quantificar a procura da clientela, é mais para shows e para as artes cênicas como teatro, dança e os espetáculos infantis de contações de história e circo.
“O público do Sesc é variado, já que a programação tenta abranger a todos, desde famílias inteiras, pessoas de diferentes idades, origens e gostos. A maioria das atividades é aberta para o público geral, a pessoas sendo credenciada do Sesc ou não. ( Da Redação )
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