Epidemia de dengue
17 bairros aparecem no mapa de alerta da dengue em Sorocaba
Um dos locais que aparece no mapa de atenção da prefeitura é o Júlio de Mesquita
Sorocaba, assim como outros municípios da região, passa por uma epidemia de dengue. Até sexta-feira (22), 3.500 casos foram confirmados na cidade. Segundo a Secretaria da Saúde do município (SES), 17 bairros estão com incidência da doença, no entanto, o combate ao mosquito deve ocorrer em todas as regiões da cidade.
Os bairros com mais casos são: Júlio de Mesquita, Jardim São Paulo, Nova Manchester, Jardim São Carlos, Colorau, Hortência, Barcelona, Vila Jardini, São Bento, Jardim Santa Bárbara, Vitória Régia, Jardim Nilton Torres, Nova Sorocaba, Leocádia, Jardim Montreal, Nova Sorocaba e Éden.
Um dos locais que aparece no mapa de atenção da prefeitura é o Júlio de Mesquita. Na última quinta-feira (20), a reportagem do Cruzeiro do Sul circulou pelas ruas do bairro. Segundo os moradores, a administração municipal está fazendo limpezas e nebulizações, no entanto, falta conscientização de algumas pessoas.
A auxiliar administrativo Tania Pires Domingues, de 51 anos, disse que se previne da dengue. Ela tenta manter o quintal limpo, sem água parada, mas, mesmo assim, o esposo e o filho contraíram a doença nas duas últimas semanas. “Está tendo bastante casos positivos. O problema é na rua. Andamos por aí e vemos muito lixo e muita água. A prefeitura está passando com a nebulização, mas precisa de mais conscientização”, declarou a moradora do bairro.
Lixo e entulho
Ao percorrer as ruas do bairro, a reportagem encontrou um terreno com lixo e entulhos jogados, na rua Nilva Zilá Silvati Viana. Já do outro lado da mesma rua, há outro terreno e este está limpo. “A prefeitura tem dado bastante atenção para o bairro, o nosso terreno aqui na frente está limpinho. De meu conhecimento, dos meus vizinhos aqui, ninguém está com dengue”, comentou o comerciante Carlos Morato, de 65 anos, morador da região.
Já Allan Tsutsui Muniz, 31 anos, mora no Jardim Piazza di Roma. O entregador conta que contraiu dengue no passado, há mais de dois anos. Dessa vez, não teve a doença, mas conhece um amigo que ficou doente. “O pessoal está se prevenindo, mas sempre tem algo para melhorar. As pessoas precisam ter bom senso e não ficar jogando lixo. No meu bairro, estão tentando se prevenir”, ressaltou.
Ações
Segundo a Prefeitura de Sorocaba, ações de prevenção e controle da dengue, assim como de chikungunya, zika e febre amarela, ocorrem o ano todo. Agentes da Divisão de Zoonoses realizam visitas nos imóveis com o objetivo de bloquear a transmissão das doenças. Além disso, também são dadas orientações à população sobre sinais e sintomas da dengue e formas de prevenção da arbovirose.
Outra ação complementar à atividade de bloqueio é a aplicação de veneno, conhecida como “nebulização”. De acordo com a administração pública, esse trabalho visa diminuir a infestação de mosquitos adultos possivelmente infectados. A aplicação de veneno só pode ser realizada quando há constatação de um caso positivo ou suspeito de arbovirose na região delimitada, ou seja, não pode ser realizada de forma rotineira. O uso do veneno deve ser feito com critério técnico, para se evitar danos ao meio ambiente e resistência do Aedes aegypti ao princípio ativo.
Para a prevenção e o controle do mosquito, vetor da doença, também existe o programa “Casa a casa”, que consiste na visita de rotina dos imóveis com o intuito de reduzir a infestação pela remoção e/ou tratamento de possíveis criadouros, além da conscientização e orientação da população.
Orientações à população
É preciso manter as lixeiras tampadas com os sacos plásticos bem fechados e pneus secos devem ser guardados em local coberto. Garrafas, frascos, potes, latas vazias e baldes descartáveis devem ser colocados no lixo ou vazios e virados de boca para baixo, igualmente em local coberto. A orientação também é manter ralos com pouco uso fechados e depositar uma colher de detergente ou sabão em pó. Após cada chuva ou ao lavar o quintal, repetir o tratamento.
Todos os pratos de vasos com plantas, dentro ou fora da casa, devem ser eliminados, pois acumulam água e são um dos criadouros mais frequentes do mosquito. No caso de bromélias ou outras plantas que possam acumular água, o indicado é plantar em local coberto e molhar somente a terra, pois esse tipo de planta acumula água e pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
Vasilhas de água para animais domésticos devem ser escovadas com bucha e sabão todos os dias e ter a água trocada, para eliminar possíveis ovos do mosquito. Além disso, as caixas d’água devem estar sempre tampadas e bem vedadas, além de não se esquecer de colocar tela no buraco dos ralos do “ladrão”, pois o mosquito pode entrar por ali e depositar ovos.
A Secretaria da Saúde ainda informa que denúncias de criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas por meio do canal 156 ou pelo site central156.sorocaba.sp.gov.br/atendimento/#/Home/Solicitacao ou, ainda, em uma das Casas do Cidadão. Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município, pelo número: (15) 99129-2426, das 8h às 17h.
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