A Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) tem 11.773 casos de dengue registrados neste ano. Os dados são divulgados diariamente em um painel on-line da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Ontem (21), o balanço apontava, ainda, 3.283 casos em investigação e duas mortes confirmadas nos 27 municípios que compõem a região.

O primeiro óbito por dengue ocorreu em 2 de março, em Sorocaba. A vítima é uma mulher de 49 anos sem comorbidades. A segunda morte foi em Itu. Um homem de 45 anos, que apresentava comorbidade e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal por outras complicações clínicas. Ele apresentou o diagnóstico de dengue em 7 de março e não resistiu.

Itu é o município da RMS com mais casos confirmados: 4.298 pessoas infectadas. Devido ao cenário preocupante, a Prefeitura decretou emergência em 14 de março. Conforme o documento, o município terá condições de dar respostas imediatas para evitar o agravamento da situação epidêmica local, permitindo o uso emergencial de recursos públicos e reforçando a atuação de seus agentes de Saúde no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras arboviroses, tais como a chikungunya e a zika.

A cidade de Sorocaba, até o momento, contabiliza 3.500 casos confirmados. Votorantim, por sua vez, tem 1.430 pessoas com a doença. Em Itapetininga, o número é menor: constam 641 casos.

Ao todo, 105 pessoas já morreram pela doença no Estado de São Paulo. Outros 254 óbitos estão em investigação.

Situação de emergência

Além de Itu, pelo menos outras três cidades da RMS declararam emergência. Em Sorocaba, o decreto divulgado em 4 de março tem duração de 90 dias. A decisão permite que equipes do Setor de Zoonoses entrem em imóveis abandonados, realizem autuações com mais agilidade e que a Administração Municipal possa contratar profissionais temporariamente para atuar no combate à dengue, entre outras atividades. Devido ao cenário epidêmico, as Unidades Básicas de Saúde Hortência, Fiori e Simus funcionam em horários estendidos, das 19h às 22h, exclusivamente para atender pacientes com sintomas de suspeita da doença.

A emergência decretada em Boituva no dia 12 de março autoriza a “adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de dengue e outras arboviroses, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, a doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial com base na lei de licitações”.

O decreto de emergência mais recente foi estabelecido em 15 de março, em Salto. Com isso, o município pode realizar a “aquisição de insumos e materiais para o controle vetorial e a assistência à saúde das pessoas acometidas, contratação ou ampliação de serviços relacionados a assistência à saúde dos pacientes acometidos por dengue; contratação temporária de profissionais e execução de horas extras de servidores municipais para atendimento às necessidades apresentadas pela situação de emergência em saúde pública. O decreto destaca, ainda, que a dispensa de licitação só será válida enquanto durar a situação emergencial”, informa a Prefeitura.

(Vanessa Ferranti)