A nutricionista Ingrid Roberta de Azevedo Carvalho, de 32 anos, entrou com processo contra o grupo Hapvida NotreDame em agosto de 2023, após ter o seu tratamento para câncer de mama negado. O Cruzeiro do Sul contou a sua história no dia 22 de fevereiro. Na época, a paciente utilizava o dinheiro do bloqueio de bens da operadora, determinado pela Justiça, para arcar com o tratamento.

Após a publicação da matéria, o plano de saúde entrou em contato com a reportagem para esclarecer a situação. Em nota, informou que as medicações pembrolizumabe, doxorrubicina, ciclofosfamida, e neulastim, em cumprimento à decisão judicial, estarão disponíveis para aplicação no hospital Qualivida Angélica.

Ingrid, que recebeu o e-mail e o protocolo de autorização no dia 23 de fevereiro, confirmou a informação. O tratamento com o doxorrubicina e ciclofosfamida, conhecido como quimioterapia vermelha, já foram concluídos.

“O neulastim é uma injeção que ajuda a manter minha imunidade alta. Porém, como eu não estou recebendo a quimioterapia, a minha imunidade melhorou e não preciso do neulastim mais”, explica Ingrid. “Já o pembrolizumabe, medicamento da imunoterapia, tenho que receber até setembro, a cada 21 dias”.

O próximo passo é a cirurgia para a retirada do tumor. As solicitações para a internação hospitalar foram enviadas dia 15 e 16 de fevereiro, na Beneficência Portuguesa Mirante. A cirurgia foi autorizada em 28 de fevereiro e está marcada para quinta-feira (14). “O meu câncer de mama é raro, um triplo negativo, portanto, não posso esperar muito tempo para fazer a cirurgia por conta da recidiva”, explicou Ingrid.

O grupo Hapvida NotreDame informa na nota que seus pacientes passam por constantes avaliações, para o acompanhamento da evolução do quadro clínico, “garantindo assim que a liberação dos medicamentos seja realizada de forma segura, conforme cada caso”. (Beatriz Falcão / programa de estágio)