Incentivo fiscal
Incentivos governamentais atraem mais investimentos
Incentivo para que outras montadores e investidores se instalem em Sorocaba é previsto pelo vice-presidente
Para que o investimento da Toyota em Sorocaba fosse possível, algumas medidas foram necessárias. No que cabe ao Estado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) combinou de calendarizar a devolução de créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para permitir o amortecimento do Capex -- quanto do capital de uma companhia está comprometido com a aquisição de bens materiais, seja maquinário, hardwares, veículos ou imóveis.
“Eles tinham um investimento para fazer, precisavam aprovar na matriz, mas tinham um volume de crédito acumulado muito grande. Por isso a gente assinou a liberação de R$ 1 bilhão de crédito do ICMS para facilitar esse investimento”, explicou Tarcísio.
O chefe do Executivo paulista relembrou, ainda, que o programa Facilita São Paulo está dispensando uma série de atividades na tentativa de desburocratizar vários processos. “A sinergia com o governo federal está sendo muito boa e extremamente interessante; é por isso que a gente está celebrando investimento atrás de investimento”, complementou.
Já no âmbito federal, Geraldo Alckmin destacou o programa Mobilidade Verde -- redução de impostos de quem polui menos e aumento das exigências de sustentabilidade -- e o aumento do imposto de importação de carro elétrico.
“Antes, o elétrico importado estava pagando zero; em 1° de janeiro, 10%; em julho 18%; depois 25%, terminando em 35%. Ou monta a fábrica aqui e traz emprego ou vai ter imposto de importação. Essa nova configuração tributária faz toda a diferença”, exemplificou.
O incentivo para que outras montadores e investidores se instalem em Sorocaba é previsto pelo vice-presidente. “Não só para a indústria automotiva, para a inovação de maneira geral. Sorocaba tem parque tecnológico, três Etecs, Fatecs, universidades, logística, recursos humanos... você tem aqui uma situação excepcional”, finalizou Alckmin. (Thaís Marcolino)