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Justiça

Terceira audiência do caso Talita ouve testemunhas de defesa e o ex-companheiro, tido como principal suspeito

A mulher, que estava grávida, foi encontrada morta em 2022; a próxima etapa do processo é a apresentação das alegações finais

05 de Fevereiro de 2024 às 12:57
Vinicius Camargo [email protected]
Talita Aparecida Costa estava grávida de cinco meses quando foi assassinada
Talita Aparecida Costa estava grávida de cinco meses quando foi assassinada (Crédito: Arquivo pessoal)

** matéria atualizada às 19h

A terceira audiência do caso de Talita Aparecida Costa, realizada na tarde desta segunda-feira (5), terminou com a desistência do depoimento da testemunha de acusação. Com isso, foi ouvida uma testemunha de defesa e o réu (ex-companheiro dela e principal suspeito) Sander Cristian de Almeida interrogado. Com esse passo, agora as partes apresentarão alegações finais por escrito e, somente quando encerrada essa etapa, será proferida a sentença. As informações são do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A audiência foi realizada no Fórum Cível e Criminal de Sorocaba - Ministro Piza e Almeida. 

A mulher, que estava grávida, foi encontrada morta em 2022. Sander e outro suspeito de envolvimento na morte da vítima encontram-se presos. Esta audiência é uma continuidade da última, realizada no dia 4 de dezembro 2023. Na ocasião, ela precisou ser adiada porque, de acordo com o TJ, a testemunha de acusação não havia sido localizada, e o Ministério Público (MP) insistiu em ouvi-la. 

A primeira audiência aconteceu em 25 de setembro do ano passado e também precisou ser suspensa devido à ausência de duas testemunhas. 

O caso

Grávida de cinco meses, Talita,  de 35 anos, desapareceu em 20 de maio de 2022. Ela foi vista pela última vez por volta das 3h da madrugada daquele dia, no Jardim São Marcos, onde morava. Estava acompanhada de dois rapazes -- um deles era Sander. 

Aproximadamente três meses depois, no dia 19 de agosto, o corpo dela foi localizado em uma área de mata no bairro Wanel Ville, em avançado estágio de decomposição. Além da perda da parente, a família teve de lidar com a demora do Instituto Médico Legal de Sorocaba (IML) para liberar o corpo. Isso só aconteceu em dezembro, quatro meses depois. À época, o IML alegou que o atraso se deu por conta da necessidade da realização de exame de DNA forense em matriz óssea.

O caso foi investigado pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba. Durante a apuração, policiais civis prenderam, em 25 de dezembro, os dois homens vistos com a mulher no dia de seu desaparecimento, apontados como suspeitos do assassinato dela. O ex-companheiro da vítima, de 40 anos, foi capturado em Sorocaba, enquanto o outro acusado, de 36 anos, estava em Ribeirão Pires, no interior de São Paulo. Desde então, ambos respondem ao processo na prisão. (Vinicius Camargo)