Sorocaba
Seguro-desemprego aumentou quase 12% na cidade em 2023
Benefício pago a 27.992 trabalhadores passou de R$ 185 milhões
O número de beneficiários do seguro-desemprego teve aumento de 11,54% em Sorocaba em 2023, na comparação com o ano anterior. Segundo os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o total de trabalhadores do município que receberam o benefício passou de 25.095 em 2022 para 27.992 no ano passado.
Em relação aos valores pagos aos trabalhadores, o aumento no mesmo período foi de 9,84%. Segundo a pasta federal, em 2023, os benefícios pagos em Sorocaba somaram R$ 185.981.978,19. Já em 2022, o valor total dos benefícios concedidos foi de R$ 169.317.424,78.
De acordo com o MTE, o trabalhador beneficiado pelo seguro-desemprego recebe entre três e cinco parcelas, dependendo do tempo trabalhado. “O benefício é um recurso de assistência e o objetivo é que seja utilizado para despesas até que o trabalhador seja reinserido no mercado de trabalho”, informa a pasta federal.
Para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deve atender a alguns requisitos: ter sido dispensado sem justa causa; estar desempregado quando do requerimento do benefício; ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica; não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família; e não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.
O valor das parcelas do seguro-desemprego é calculado, conforme o MTE, em relação a três faixas de salário médio: até R$ 2.401,39 - multiplica-se o salário médio por 0,8; de R$ 2.401,40 a R$ 3.402,65 - o que exceder a R$ 2.401,39 multiplica-se por 0,5 e soma-se com R$ 1.633,10; todos aqueles que ganham mais de R$ 3.402,65 recebem R$ 2.313,74. “No ano de 2024, o valor do benefício não será inferior ao valor de R$ 1.412,00 que corresponde ao valor do salário mínimo vigente”, destaca o MTE.
Dicas
A consultora em finanças Carol Stange orienta o trabalhador a usar o dinheiro o benefício com responsabilidade até que possa se recolocar no mercado de trabalho. “Mesmo a vida financeira sendo mantida por alguns meses com o dinheiro do seguro-desemprego, a indicação é reduzir despesas, readequar o uso de bens duráveis (vender um carro, refinanciar ou trocar por outro, por exemplo, e buscar renda extra”, detalha.
A especialista também recomenda atenção total em alternativas como o uso de cartão de crédito, “que são um perigo num momento de desemprego”. Ela justifica que “essa ferramenta, apesar da praticidade e benefícios, carrega os maiores juros do Brasil. Sugiro que o uso do crédito seja muito pontual e que jamais o limite seja considerado como complemento de renda”.
Ela ainda aponta que o trabalhador deve ter um planejamento mínimo para superar esse momento, de modo a não correr o risco de cair no endividamento. “Uma opção é pensar na venda de eletrodomésticos guardados, roupas em bom estado que não servem mais e brinquedos que não são usados. Bazares e anúncios desses produtos podem gerar recursos de forma rápida e garantir um respiro financeiro”, diz Carol.
Onde solicitar
Caso tenha direito ao benefício, o trabalhador pode fazer a solicitação nas superintendências regionais do Trabalho e Emprego -- após agendamento de atendimento pela central 158 --, na Secretaria Especial da Previdência e Trabalho (SEPRT), no Sistema Nacional de Emprego (Sine) e em outros postos credenciados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A solicitação ainda pode ser feita pelo portal Gov.br e pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, nas versões Android ou iOS.