As aparições de escorpiões em bairros de Sorocaba, a mortandade de peixes no Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros e o atraso salarial de terceirizados chamaram a atenção do Poder Legislativo. Embora as atividades dos vereadores ainda não tenham sido efetivamente retomadas, eles já estão se mobilizando para exigir explicações da prefeitura. Vale ressaltar que as sessões ordinárias estão programadas para ser retomadas em 1º de fevereiro.

Um desses requerimentos busca esclarecimentos sobre as condições da água em que ocorreu a mortandade de peixes no último fim de semana. Relatos de visitantes indicam um forte odor de esgoto na região do lago onde os peixes foram encontrados mortos. Alguns chegaram a afirmar que uma ação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) nos córregos que abastecem o lago do Quinzinho de Barros teria causado vazamento de esgoto.

Conforme denúncias nas redes sociais, mais de cinco contêineres cheios de peixes mortos foram removidos do zoológico no último domingo (14). Segundo o executivo municipal, o Saae já esteve no local para coletar amostras da água do lago e identificar a causa do incidente.

Outro questionamento surgiu após a morte de um bebê por picada de escorpião no último sábado (13). O requerimento destaca a preocupação dos munícipes com a presença do animal peçonhento em diferentes bairros da cidade nas últimas semanas. Conforme informações do requerimento, muitos alegam que a falta de limpeza em terrenos públicos e particulares tem aumentado, provocando a infestação de escorpiões, além de afirmarem que não estão recebendo informações adequadas sobre como agir diante dessa situação. Ambos os requerimentos foram apresentados pelo vereador Fernando Dini (PP).

Paralelamente, a vereadora Iara Bernardi (PT) protocolou uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na segunda-feira (15). O foco da denúncia é apurar supostas irregularidades nos pagamentos de funcionários terceirizados do Saae. Conforme informações recebidas pela vereadora, a empresa terceirizada responsável pela administração da portaria da autarquia tem atrasado o pagamento dos salários dos funcionários, que deveria ter sido realizado até o quinto dia útil do mês, mas não aconteceu até o momento da denúncia.

Cerca de 50 funcionários ligados à terceirizada são afetados e a vereadora solicitou ao MTE a investigação da responsabilidade da empresa e a garantia da proteção dos direitos trabalhistas dos funcionários. (Wilma Antunes)