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Economia

Exportações das empresas de Sorocaba registram queda em 2023

Vendendo principalmente para Argentina, Colômbia e EUA, a cidade ficou em 8º lugar no ranking paulista

13 de Janeiro de 2024 às 22:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Sorocaba ficou em 31º lugar entre os 5.568 municípios brasileiros em valor exportado no ano passado
Sorocaba ficou em 31º lugar entre os 5.568 municípios brasileiros em valor exportado no ano passado (Crédito: ANA CLÁUDIA MARTINS (12/1/2024))

As exportações das empresas sorocabanas somaram US$ 2,128 bilhões em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O resultado coloca Sorocaba na 8ª posição do ranking estadual das cidades que mais venderam para o exterior no ano passado, descontando a Capital. Em âmbito nacional, Sorocaba ficou no 31º lugar entre os 5.568 municípios. Além disso, o montante comercializado por Sorocaba representa 2,8% das vendas de todo o Estado de São Paulo no mesmo período.

O único dado negativo é obtido quando se compara as exportações de 2023 com valor total das do ano anterior. Em 2022 as vendas das empresas locais para outros países somaram US$ 2,190 bilhões. Em números proporcionais, a redução de US$ 62 milhões representa queda de 2,8%.

Conforme o Mdic, a lista dos produtos mais exportados por Sorocaba no ano passado inclui: automóveis de passageiros, com 47% do total; partes e acessórios de automóveis (7,9%); e equipamentos da linha de tratores e escavadeiras, como bulldozers, angledozers, niveladoras e raspo-transportadoras, entre outros (7,4%).

Com relação aos compradores, os principais destinos das exportações sorocabanas em 2023 foram: Argentina (37%), Colômbia (8,3%) e Estados Unidos (7,1%).

Para o secretário interino de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Fernando Marques, um dos motivos para bom desempenho das exportações sorocabanas é o trabalho técnico do Poder Público em prol da atuação da indústria e dos demais segmentos de mercado no município. “Na Sedetur, contamos com uma equipe técnica estratégica focada em programas de incentivos fiscais e de desburocratização para os empresários que desejam migrar suas unidades fabris ou ampliar seus negócios em Sorocaba. A partir disso, a cidade oferece uma gama cada vez maior de produtos de qualidade, refletindo na ampliação das vendas e, naturalmente, de forma muito positiva, nas exportações”, destaca.

Alta em dezembro

Automóvel foi produto sorocabano mais exportado, com 47% do total - DIVULGAÇÃO
Automóvel foi produto sorocabano mais exportado, com 47% do total (crédito: DIVULGAÇÃO)

De acordo com os dados do Mdic, as exportações das empresas sorocabanas tiveram alta em dezembro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foram US$ 163.600.172 no ano passado, ante US$ 138.840.541 em 2022, o que representa um aumento de 17,8%.

No mês passado, as exportações sorocabanas ficaram à frente do volume comercializado por outras cidades paulistas de porte semelhante ou maior, como Campinas (US$ 107,4 milhões), Jundiaí (US$ 67,5 milhões), São Caetano do Sul (US$ 46,9 milhões), Santo André (US$ 33,4 milhões), Barueri (US$ 23,4 milhões), Bauru (US$ 18,2 milhões), Osasco (US$ 9,7 milhões) e São José do Rio Preto (US$ 3,2 milhões).

Importações

Já as importações das empresas sorocabanas entre janeiro e dezembro de 2023 somaram US$ 3,064 bilhões, o que representou 4,3% de participação nas importações do Estado de São Paulo. Em relação a 2022, no entanto, houve queda de 13,8%.

O resultado colocou Sorocaba na 5ª posição no ranking das cidades paulistas que mais importaram em 2023. Entre todos os municípios brasileiros, Sorocaba foi o 16ª em volume de compras no exterior, no mesmo período.

Os principais produtos importados em 2023 foram: partes e acessórios dos veículos (14%), aparelhos elétricos para telefonia (5,2%), veios (árvores de transmissão) e engrenagens e rodas de fricção (3,7%). E as principais origens das importações sorocabanas foram: China (22,5%), Estados Unidos (10,6%), Alemanha (7,69%) e Índia (6,71%).

Recorde histórico

Tratores e escavadeiras ficaram no top 3 das vendas ao exterior - DIVULGAÇÃO
Tratores e escavadeiras ficaram no top 3 das vendas ao exterior (crédito: DIVULGAÇÃO)

O comércio exterior brasileiro fechou 2023 batendo recorde histórico de exportação, com saldo comercial próximo dos US$ 100 bilhões e aumento no número de empresas exportadoras. Os números consolidados da balança comercial do ano passado foram divulgados na primeira semana deste ano, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Em 2023, as exportações alcançaram US$ 339,67 bilhões, resultado inédito para o País, superando em 1,7% os números de 2022. O volume exportado cresceu 8,7%, ao passo que os preços caíram 6,3%. Já as importações tiveram queda de 11,7% e fecharam 2023 em US$ 240,83 bilhões. Os preços dos bens importados caíram 8,8%, enquanto o volume reduziu 2,6%. A combinação desses dois movimentos levou a um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões superando em 60,6%, o recorde anterior, alcançado em 2022.

Contribuiu para esse expressivo resultado, entre outros fatores, uma maior atuação das empresas brasileiras no comércio exterior. O total de firmas exportadoras cresceu 2% em 2023, chegando a 28,5 mil, número também recorde.

O principal destino dos produtos brasileiros em 2023 foi a China. As exportações para o gigante asiático alcançaram US$ 105,75 bilhões, com aumento de 16,5% sobre 2022. É a primeira vez na história do comércio exterior brasileiro que as exportações para um único parceiro comercial ultrapassam a casa dos US$ 100 bi.

Também se destacaram, entre os países para os quais houve crescimento das vendas, as exportações para a Argentina, que aumentaram 8,9% em relação a 2022, totalizando US$ 16,72 bilhões. As vendas para dois outros parceiros de grande porte, EUA e União Europeia, houve quedas de 1,5% e 9,1%, respectivamente. (Ana Claudia Martins)

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