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Sorocaba

Câmara retoma dia 1º CPI dos Contratos Familiares

05 de Janeiro de 2024 às 23:01
Wilma Antunes [email protected]
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A CPI dos Contratos Familiares, que tem como foco a investigação dos contratos firmados entre a Urbes - Trânsito e Transporte e empresas relacionadas à família Hial, retomará suas atividades em 1º de fevereiro. Esse retorno coincide com a primeira sessão ordinária do ano na Câmara de Sorocaba, marcando também a retomada das atividades legislativas.

A interrupção das investigações ocorreu em 1º de novembro de 2023, visando à análise detalhada de documentos relacionados aos processos de contratação. A pausa, estipulada em 45 dias, deveria ter culminado no retorno da CPI em 16 de dezembro, porém coincidiu com o recesso legislativo. Dessa forma, a retomada das atividades da CPI foi agendada para o próximo mês.

A fase subsequente da investigação contemplará as oitivas das testemunhas, seguindo-se a elaboração de um relatório. A CPI se concentra na apuração dos contratos estabelecidos entre a Prefeitura de Sorocaba e empresas associadas à família do ex-diretor da Urbes, Jorge Domingos Hial.

A presidência da CPI está a cargo do vereador Cristiano Passos (Republicanos), que tem como relator o vereador Luis Santos, também do mesmo partido. O grupo é composto pelos vereadores Dylan Dantas (PL), Fábio Simoa (Republicanos), João Donizeti (PSDB), Rodrigo do Treviso (União), Silvano Jr. (Republicanos), Aith (PRTB) e Caio Oliveira (Republicanos).

O caso

O caso em questão envolve órgãos municipais de Sorocaba, incluindo a Prefeitura, que mantêm contratos no valor total de R$ 32 milhões com empresas vinculadas à família do ex-diretor da Urbes. Essa relação teve início em janeiro de 2021, quando Jorge Domingos Hial, conhecido como Tupã, assumiu cargos na Urbes.

Em menos de três anos, a família Hial acumulou 17 contratos com a administração municipal, totalizando mais de R$ 12 milhões. A Prefeitura e a família Hial negam irregularidades, mas o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TJSP) identificou conflitos de interesse e supostas ilegalidades em alguns contratos, resultando na exoneração de Hial após a divulgação da denúncia.

Além disso, empresas ligadas à família Hial foram beneficiadas com doações de dinheiro público, levantando questionamentos sobre a transparência e ética dessas transações. A Associação Antônio José Guarda (AJG), presidida pela esposa de Jorge Hial Neto, recebeu contratos milionários para serviços nas áreas de educação e saúde de Sorocaba. A Transparência Brasil apontou conflitos de interesse e a ausência de concorrência em algumas dessas contratações. (Wilma Antunes)