O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo. Mas, a data comemorada amanhã (25) também engloba outros símbolos, como solidariedade, afeto, troca de presentes, ações de caridade e a união daqueles que chamamos de família.

Dentro desse núcleo que busca emanar amor, a chegada de um novo membro é algo que transforma a vida de todos. E como o Natal é uma época muito familiar e que relembra o nascimento daquele que se sacrificou por nós na cruz, a chegada de um bebê faz essa época ainda mais especial, sobretudo após alguns percalços.

Liége Freitas e seu esposo, Fábio, já são pais da pequena Lívia, de cinco anos. Mas, em novembro deste ano a família ganhou o maior e melhor presente, o nascimento de Isac, que comemora seu primeiro Natal. “No nosso último Natal éramos três; hoje, somos quatro. Receber este presente neste clima de graça nos enche de esperança. Foi para nós um ano de renúncias, comemorações e superação”, analisou a cabeleleira.

A profissional de 30 anos não teve uma gravidez fácil. Diferente da primeira gestação, a do Isac foi classificada como de risco. Ela teve deslocamento de placenta e colo baixo e havia a suspeita de que o bebê poderia nascer com Síndrome de Down. As notícias médicas assustaram, mas a fé em Deus fez com que tudo terminasse bem e o novo membro viesse ao mundo saudável. “Isso fez com que o Natal ganhasse mais significado, aumenta nossa fé e nos fortalece como família”, complementou Liége.

“Somos cristãos católicos e meu sonho sempre foi formar uma família e, em consequência, ser mãe. Acho lindo o ofício da maternidade e tinha este desejo quando moça. Viver o Natal sendo mãe é bem diferente porque Jesus, quando nasceu, quis ter uma família. E ser família, a exemplo da Sagrada Família, é muito belo”, expressou a cabeleleira que, pensando em toda a simbologia de ser o primeiro Natal do Isac, delegou as funções do salão -- que sempre fica cheio nesta época do ano -- para suas funcionárias. “Este ano me dediquei totalmente à família.”

Magia

Para Andressa Matias Brisola, de 25 anos, o Natal de 2022 foi marcado pela expectativa de ver o rostinho da primeira filha biológica, hoje com oito meses. Agora, e pelas próximas celebrações, a sensação de ter a Melissa ao lado, podendo mostrar a magia natalina, é algo que a técnica de melhoria contínua agradece diariamente. “A sensação é de estar conhecendo tudo de novo com ela. Criando tradições, apresentando o mundo, as cores, as luzes que ela adora. É como se a magia que o Natal tinha na minha infância tivesse voltado e ainda mais forte”, disse.

O sentimento de alegria dividiu espaço com a angústia num certo momento. Diagnosticada com pneumonia nos primeiros meses de vida, além de Andressa, o pai, Paulo Batista Carlos, precisou acompanhar a pequena no hospital por 15 dias. Curada da fase mais aguda, os cuidados continuam em casa. “Agora ela está bem, recuperada. Por isso, é ainda mais valiosa a data agora, já que aquele momento foi de apreensão e muito mais cuidado”, analisou.

“Eu sempre amei os natais, mas antes eu era a filha, a neta. Eu era a convidada, hoje eu sou a anfitriã! Sinto que eu é que preciso fazer, cuidar... Hoje a responsabilidade é minha e tem sido uma delícia. Antes eu colocava luzes e enfeitava a casa por costume; hoje é mágico fazer e mostrar para ela, ver ela rir, se divertir com os enfeites”, finaliza Andressa.

Além de Melissa, a família também é formada pela Giovanna Gomes Carlos, de 12 anos, enteada de Andressa e filha do primeiro casamento de Paulo. 

Em família

Apesar do Natal parecer igual em todas as casas, pelas singularidades de ações, cada núcleo vivencia à sua maneira. A comemoração é dividida em dois dias, mas o clima natalino toma conta de todo o mês de dezembro.

“O Natal para a nossa família é muito mágico, porque educar os filhos hoje em dia não é tarefa fácil e criá-los com princípios é a nossa missão. Então falamos de Jesus, do nascimento dele e sua história. Montamos árvore, curtimos diretamente músicas natalinas e brincadeiras. Temos também a figura do Noel, mas o foco está na grandiosidade dessa data”, explicou Liége.

Já para Andressa, por ter nascido numa família cristã, a comemoração sempre esteve presente em sua forma mais clássica: ceia no dia 24 e almoço no dia 25. “O Natal é época de dar graças a Deus, à vinda de seu filho e tudo o que Ele significa. Agradecer pela vida, pelas bênçãos, pelas pessoas presentes à mesa, que é o mais importante para nossa família”, finaliza. (Thaís Marcolino)