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Sorocaba

Na era dos cartões e do Pix, circulação de dinheiro falso ainda continua comum

Comerciantes usam algumas técnicas para evitar cair no golpe e ficar no prejuízo. Consumidor também pode se precaver

23 de Dezembro de 2023 às 23:01
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A tecnologia, como a
A tecnologia, como a "maquininha", se tornou uma aliada dos comerciantes contra as notas falsas (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/12/2023))

Embora, atualmente, a maior parte das pessoas usem mais os cartões de débito e crédito para fazer compras, além do Pix, os comerciantes de Sorocaba precisam ficar atentos e usar estratégias para não ter prejuízos com notas falsas. O cuidado deve ser redobrado também nesta época do ano, quando muitas pessoas vão em busca de presentes para as festas de final de ano.

No Mercado Municipal de Sorocaba, por exemplo, além dos conhecimentos sobre como identificar dinheiro falso, os comerciantes também utilizam canetas testadoras e até uma pequena “máquina” que identifica na hora se a nota é falsa ou não.

José Franco Jr., de 71 anos, usa a caneta testadora e a tal “maquininha” para evitar prejuízo.

Além disso, ele sabe reconhecer se uma nota é falsa ou não apenas com as mãos, reconhecendo as diversas marcas e características que estão presentes nas notas, e que são fundamentais para a segurança dos consumidores e comerciantes.

“Hoje em dia, quase 90% das compras são feitas com cartões e Pix. Mas, a gente não pode dar sorte para o azar, pois há aqueles que ainda usam o dinheiro, em espécie, para fazer compras”, afirma José Franco. Ele disse ainda que, infelizmente, não é tão raro que notas falsas estejam em circulação no comércio. “Você vai ao supermercado, por exemplo, as funcionárias do caixa sabem identificar se uma nota é falsa ou não, pois elas recebem treinamento para isso. É muito importante saber as formas corretas para identificar se o dinheiro é falso ou não. E temos as canetas e a máquina que facilitam o trabalho”, disse.

Uma das ferramentas mais comum é a caneta a laser, que faz a "leitura" do dinheiro  - FÁBIO ROGÉRIO (22/12/2023)
Uma das ferramentas mais comum é a caneta a laser, que faz a "leitura" do dinheiro (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/12/2023))

Na banca de armarinhos, do Mercado Municipal, a funcionária Taciana Cordeiro, também usa uma caneta a laser para identificar se a nota é falsa ou não. “Com a caneta é muito fácil saber se o dinheiro é falso ou não, é só apontar para a nota nos locais certos que os símbolos de reconhecimento de que a nota é verdadeira ou não aparecem”, conta.

Casos na região

No último dia 13 de dezembro, seis pessoas foram presas com dinheiro falso em municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Quatro foram detidas em Porto Feliz e duas em Iperó. A ação foi realizada pela Polícia Federal e Guarda Civil Municipal (GCM) das cidades.

Em Porto Feliz, a equipe da GCM recebeu informações de que quatro suspeitos estavam realizando compras com as notas falsas e circulando pelo município há alguns dias. Durante patrulhamento, a guarnição visualizou as quatro pessoas com as características denunciadas e fez a abordagem. No total, 11 notas falsas de R$ 100 foram apreendidas. Os investigados confessaram o crime.

Em Iperó, duas pessoas foram presas em flagrante pelo mesmo delito. Os guardas civis receberam informações de que os suspeitos estavam realizando compras com as notas falsas e estariam pela área central do município em um veículo de cor cinza.

A guarnição, durante a realização do patrulhamento, visualizou o automóvel com as características denunciadas e realizou a abordagem. Diversas notas de R$ 200 foram localizadas.

Como saber?

Colocar uma nota de dinheiro contra a luz é a forma mais simples de saber se a nota é verdadeira ou não, verificando, na área clara, a figura do animal e o número de valor da nota em questão, em tons que variam do claro ao escuro.

Outra dica bastante conhecida é identificar o fio de segurança, que está presente nas notas de 10, 20, 50 e 100 reais. Ele fica visível quase ao meio da nota, uma vez colocada contra a luz. Nele, está escrito o valor da nota e a palavra “reais”.

Também colocando as notas contra a luz, é possível ver que as partes do desenho do verso completam as do desenho da frente, o que forma o número de valor da nota.

Com as mãos também é possível sentir o relevo em algumas áreas da nota e assim saber se são falsas ou não. Por exemplo, na frase escrita na frente da cédula “República Federativa do Brasil” é possível sentir esse relevo.

Porém, nas notas de R$ 10, é possível sentir a elevação apenas no número inferior esquerdo. Mas, nas de R$ 20, R$ 50, R$ 100 e R$ 200, dá para fazer a identificação pelo nome “Banco Central do Brasil”, escrito no verso da nota, e também no animal e número de valor.

Outra dica é identificar o número que está escondido. Basta colocar a nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em um lugar bem iluminado. Assim, é possível visualizar o número do valor da nota que quase passa despercebido, presente na frente e verso.

Outras formas de identificar as notas corretamente, podem ser conferidas no site https://www.bcb.gov.br/, do Banco Central. (Da Redação)

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