Buscar no Cruzeiro

Buscar

Censo 2022

Maior parte da população de Sorocaba se declara branca

Contudo, o maior aumento na cidade, nos últimos 12 anos, foi em relação ao total de pessoas pretas: 83,32%

22 de Dezembro de 2023 às 15:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Maior parte da população de Sorocaba se declara branca
Maior parte da população de Sorocaba se declara branca (Crédito: Cezar Ribeiro (Arquivo JCS))

A maior parte da população sorocabana é de pessoas brancas. Segundo dados do Censo 2022 sobre “Identificação étnico-racial da população brasileira”, que foram divulgados nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior parte dos 723.682 habitantes da cidade se declara branca, ou seja, 481.744 pessoas, o que representa 66,6% do total. Contudo, o maior aumento na cidade, nos últimos 12 anos, foi em relação ao total de pessoas pretas: 83,32%.

Além disso, o número de pessoas brancas em Sorocaba é 10,29% maior em relação aos dados do Censo 2010. Eram 436.768 pessoas brancas em 2010 contra 481.744 em 2022, isto é, 44.976 a mais.

Ainda conforme os dados do Censo 2022 do IBGE, em segundo lugar, ficou o total de pessoas pardas em Sorocaba que é de 189.652, ou 26,2% em relação ao total de habitantes do município. Já a população preta sorocabana é de 6% ou 43.713 pessoas. Em menor número, a cidade possui cerca de 1,1% de pessoas de cor amarela (7.887) e somente 0,1% de indígenas (635).

Pardas e pretos

O total de pessoas pardas em Sorocaba passou de 118.854 em 2010 para 189.652 em 2022, o que representa um aumento de 59,56%, ou 70.798 pessoas pardas a mais. Depois das brancas, a cor parda representa a maior parcela da população sorocabana, conforme os dados do Censo 2022.

Já em relação aos que se declararam pretos, a cidade teve o maior aumento entre as cinco categorias. Eram 23.844 pessoas pretas na cidade em 2010 contra 43.713 no ano passado, o que representa um aumento de 83,32% ou 19.869 pessoas a mais.

Critérios

De acordo com o IBGE, o Instituto tem como padrão agrupar as pessoas em cinco categorias, conforme a raça ou cor: branca, preta, amarela (de origem oriental), parda (inclui quem se identifica com a mistura de duas ou mais cores, exceto amarela) e indígena. A coleta de dados é feita por meio de autodeclaração.

“É uma percepção que a pessoa tem dela mesma. As pessoas usam a questão da cor da pele, da aparência, questões socioeconômicas”, explica o pesquisador do IBGE, Leonardo Athias.

O instituto explica ainda que utiliza o conceito de raça como categoria socialmente construída na interação social e não como conceito biológico. Outra ressalva feita pelo estudo é que a população indígena no recenseamento é composta pelas pessoas que se declaram indígenas no quesito de cor ou raça, independentemente, de viverem em terra indígena - e também pelas que se consideram indígenas, mesmo se identificando com outra das quatro cores. “Por exemplo, uma pessoa parda que mora em um território indígena e se considera parte da comunidade”, afirma Athias.

Brasil

O número de pessoas pardas no Brasil superou o de brancas pela primeira vez desde 1872. No ano passado, 92,1 milhões de pessoas se reconheciam pardas, enquanto 88,3 milhões, brancas. Os dados estão no Censo 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os recenseamentos de 2010 e 2022, a população branca caiu de 47,7% para 43,5%, deixando de ser majoritária. Por outro lado, os pardos aumentaram a participação de 43,1% para 45,3%.
A população preta saltou de 7,6% para 10,2%. Em 2022 eram 20,7 milhões de pessoas.

A raça indígena também aumentou a participação no total de habitantes do país, de 0,4% para 0,6%, alcançando 1,7 milhão. Além da população branca, a amarela também apresentou recuo, de 1,1% para 0,4%, somando 850 mil pessoas. (Da Redação)