8 de janeiro
Sorocabano que invadiu o Congresso ganha liberdade provisória
Wellington Luiz Firmino e outros quatro réus que participaram dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes foram soltos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
Wellington Luiz Firmino, um sorocabano de 32 anos que foi preso por participar dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade provisória. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das ações penais sobre os ataques ocorridos naquela data. Outros três réus que também tinham o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para sair da prisão foram beneficiados pela mesma medida.
A liberdade provisória dos réus ocorre dois dias após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que passou mal na segunda-feira (20) na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde estava preso. Ele já tinha a autorização do Ministério Público para deixar a cadeia. Além de Firmino, os outros réus que foram soltos são Jaime Junkes, Tiago dos Santos Ferreira e Jairo de Oliveira Costa.
Para conceder a liberdade provisória, o ministro Alexandre de Moraes impôs algumas condições aos réus, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de se ausentar da cidade onde residem e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana. Ele também determinou o cancelamento dos passaportes dos réus, a proibição de usar redes sociais e de se comunicar com os demais envolvidos no caso.
O ministro alertou que o descumprimento de qualquer uma dessas ou de outras restrições impostas pela ordem judicial poderá levar à revogação da liberdade provisória e à decretação da prisão dos réus.
Firmino foi um dos invasores que escalou uma das torres do Congresso Nacional e gravou um vídeo no topo do prédio, que tem acesso restrito. O vídeo foi publicado nas redes sociais do sorocabano, que provocou as autoridades.
"Olha aí, olha bem. Vocês estão vendo tudo de cima, olha o luxo. Será que é ditadura essa p****. Acho que deve ser, deve ser ditadura", disse Firmino, enquanto filmava os policiais militares tentando conter os manifestantes na capital do País. O rapaz também compartilhou fotos do acampamento em Sorocaba, que ficava na avenida Roberto Símonsen, no Jardim Santa Rosália, em frente à base de apoio regional do Exército. (Wilma Antunes)
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