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Alimentos

Preço da cesta básica sorocabana sobe 1,35% em outubro

Os produtos que mais subiram em relação ao mês anterior foram a cebola e a batata, e os que sofreram a maior queda foram o alho e o feijão

08 de Novembro de 2023 às 15:47
Ana Claudia Martins [email protected]
Preço da cesta básica sorocabana teve aumento de 1,35% em outubro
Preço da cesta básica sorocabana teve aumento de 1,35% em outubro (Crédito: Ana Claudia Martins )

O preço da cesta básica sorocabana em outubro de 2023, quando comparado com o mês anterior (setembro de 2023), apresentou aumento de 1,35%, passando de R$ 980,87 para R$ 994,12, ou seja, R$ 13,25 pagos a mais pelo consumidor.

Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior (outubro de 2022), teve uma queda de 4,59%, isto é, R$ 47,78 pagos a menos pelo consumidor. Os produtos que mais subiram em relação ao mês anterior foram a cebola e a batata. E os que sofreram a maior queda foram o alho e o feijão.

De acordo com a pesquisa, que é feita mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (LCSA), da Universidade de Sorocaba (Uniso), o aumento do preço da cesta básica em outubro de 2023 (1,35%) foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 0,21%.

“Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais caros, caminhando no mesmo sentido dos bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15”, afirma o coordenador da pesquisa, professor economista Marcos Antonio Canhada.

O levantamento mostrou ainda que dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 19 deles apresentaram aumento no preço no mês passado.

Maiores aumentos

Entre os itens que apontaram os maiores aumentos no mês de outubro em relação a setembro estão: a cebola (13,15%), item com maior aumento, que passou de R$ 4,58 (o quilo) para R$ 5,18; a batata, segundo item com maior aumento de preço (11,58%), passando de R$ 4,89 (o quilo) para R$ 5,46; o açúcar refinado, terceiro item com maior aumento de preço (8,45%), passando de R$ 4,19 (o quilo) para R$ 4,54; em quarto lugar ficou a carne de segunda (4,17%), que passou de R$ 26,19 (o quilo) para R$ 27,29.

Conforme a pesquisa, no caso da cebola, a significativa elevação de preço pode ser explicada pela redução de oferta, devido a perdas de safras (destaque no Rio Grande do Sul), por conta de chuvas excessivas que afetaram a produção e qualidade deste vegetal.

“Com relação à batata, a elevação do preço decorreu devido à diminuição de oferta, também por conta de grande volume de chuva em áreas produtoras, associada à desaceleração da safra de inverno”, aponta o levantamento.

Já sobre a causa do aumento do açúcar, dois fatores podem explicar a elevação de preços: menor oferta no volume global, principalmente na Índia e Tailândia, que são grandes produtoras mundiais, e mercado interno com maior consumo de etanol, devido à elevação do preço da gasolina, isso direciona usinas a diminuir a produção de açúcar, elevando preços.

Segundo o coordenador do LCSA, professor e economista Renato Vaz Garcia, outro destaque importante foi para aumento da carne de segunda, após queda sequencial nos últimos meses. “Em outubro, apresentou alta importante, que precisa ser acompanhada nos próximos meses, podendo ser reflexo de maior demanda por parte dos consumidores nos últimos meses, levando os ofertantes a ajustar perdas anteriores no preço desta proteína, que tem peso relativo muito importante na composição da cesta básica”, afirma Garcia.

Maiores quedas

Quanto às maiores quedas no mês de outubro, em relação a setembro, destaques para: o alho (-6,92%), que passou de R$ 6,33 (200 g) para R$ 5,89. O feijão (-2,64%) passando de R$ 7,08 (o quilo) para R$ 6,89. O achocolatado (-2,44%), que passou de R$ 8,74 (400 g) para R$ 8,53; e o sabão em pó (-2,26%), que passou de R$ 11,66 (o quilo) para R$ 11,40.

Para a pensionista Regina Schuengue, 51 anos, os preços dos alimentos seguem caros. “A gente olha aqueles folhetos que deixam em casa para encontrar ofertas e produtos mais baratos, pois no geral ainda está tudo caro. Antes, até fazia compra para o mês todo. Hoje, já não dá e vou em mais de um supermercado para aproveitar as promoções”, diz. (Da Redação)