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Polícia

Muralha Paulista ajuda a prender 10 procurados no GP de Fórmula 1

Sistema integrado está sendo utilizado pela primeira vez em um grande evento esportivo

04 de Novembro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Tecnologia de ponta e parcerias são utilizadas para identificar pessoas com pendências criminais
Tecnologia de ponta e parcerias são utilizadas para identificar pessoas com pendências criminais (Crédito: DIVULGAÇÃO / SSP-SP)

A Polícia Civil prendeu dez pessoas foragidas da Justiça desde o início das atividades do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, que acontece no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. Todos os detidos eram alvo de ordem judicial de prisão, em virtude de condenação ou decisão cautelar, pelo cometimento de crimes de diferentes naturezas, entre eles roubo e pedofilia.

As prisões aconteceram a partir da aplicação do programa Muralha Paulista, que identificou a presença dos procurados entre o público, graças ao compartilhamento de dados ajustado entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a organização do evento. O sistema, implantado no Estado de São Paulo pela SSP em jogos esportivos, é testado pela primeira vez em um grande evento internacional.

“Trata-se de uma ação da área de inteligência policial com a finalidade de deixar o local do evento mais seguro, impedindo o acesso de pessoas que possam comprometer a ordem pública. Os eventos passam a contar com tecnologia de ponta e parceria entre o setor privado e público, sem nenhum custo de implantação para o Estado”, explica o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

Para o GP de Fórmula 1, houve a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para o compartilhamento e uso da base de dados para identificar pendências criminais envolvendo o público estrangeiro. Até o momento, todas as detenções realizadas foram de brasileiros.

“É uma aproximação que visa impor um regime de controle de acesso efetivo inclusive ao público estrangeiro, presente nesse tipo de evento. Para que seja sistematizado, ainda dependemos de alguns ajustes formais e operacionais com a Polícia Federal, que já demonstrou grande interesse pela iniciativa”, informou o chefe da Assessoria Policial Militar da SSP, coronel Pedro Luis de Souza Lopes.

O programa Muralha Paulista funciona a partir da integração do sistema de segurança pública ao banco de dados da organização do evento, onde algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial analisam em tempo real as informações cadastrais do público e gera alertas para o efetivo policial empregado no evento, de acordo com o tipo de restrição constatada.

O sistema funciona de forma automatizada desde o momento da compra do ingresso, por exemplo, fazendo a verificação em diversas bases de dados estaduais e federais, como o Córtex, que é uma ferramenta de vigilância e controle compartilhada com o Estado de São Paulo pelo Governo Federal por meio de Termo de Cooperação assinado em março deste ano.

Segurança no GP

A atuação das forças de segurança no Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 começou antes mesmo da chegada das equipes de automobilismo no País.

A Polícia Militar, por meio das tropas especiais, desenvolve há duas semanas operações preventivas no entorno do autódromo de Interlagos para “desidratar” a criminalidade. Essa ação faz parte do planejamento para a segurança do evento que recebe um grande público neste fim de semana.

A PM montou um cinturão de segurança no entorno do autódromo que começou na sexta-feira (3) e prossegue até hoje (5), quando acontece o Grande Prêmio. Um posto de comando também foi instalado no local para coordenar todas as ações externas e direcionar o fluxo de atuação dos PMs. Na sexta e no sábado, um efetivo de mil policiais foi deslocado para a região. Hoje, serão 1,3 mil PMs. (Da Redação, com informações do Governo de SP)