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Consumidores aderem aos aplicativos para compras e serviços, aponta Seade

Dos moradores da capital, 54% usam a plataforma digital. Estudo mostra que 49% dos que vivem no interior também preferem a praticidade

02 de Novembro de 2023 às 23:01
Virginia Kleinhappel Valio [email protected]
Aplicativo foi lançado em outubro pelo governo federal
Consumidores aderem aos aplicativos para compras e serviços, aponta a Seade (Crédito: Tânia Rego/Agência Brasil)

Um estudo divulgado pela Fundação Seade -- Sistema Estadual de Análise de Dados revelou que metade da população do Estado de São Paulo utiliza aplicativos para compras, entregas ou contratação de serviços, sendo essa prática mais comum entre usuários da capital (54%), mas também é significativa no interior (49%). Essa mínima diferença entre interior e capital pode ser explicada, segundo a Fundação, pela dinâmica de negócio, que requer um mercado consumidor mais amplo e concentrado geograficamente.

Entre os serviços mais utilizados, destacam-se aquisição de comida (refeições e lanches), o mais citado pelos entrevistados -- 41% dos usuários, enquanto 14% reportaram serviço de transporte. A pesquisa também apontou o uso de outras modalidades, como supermercado, plataformas de compras on-line, mercadorias e serviços diversos de limpeza, manutenção da casa ou serviços de cuidados pessoais, o que mostra a diversidade de oferta dessa tecnologia. O Estudo mostra, ainda, que quase dois terços dos consumidores fizeram uso de algum app para essas finalidades ao menos uma vez na semana, 26% afirmam utilizar todos os dias e apenas 14% usam esporadicamente.

Quem procura por esses serviços por aplicativo é a analista de aprendizagem Milena Ferreira, de 25 anos. Ela conta que prefere comprar por aplicativo devido à facilidade. “Estou sempre com o celular em mãos, vou lá, falo a compra e pronto. Uso app para alimentação três vezes por semana e para transporte toda semana também. Também já comprei alguns produtos por aplicativo, porque dependendo do produto, ele sai mais em conta no app do que na loja física, por exemplo”.

Ivan Ribeiro diz que o celular se torna uma ferramenta para compras - FÁBIO ROGÉRIO (25/10/2023)
Ivan Ribeiro diz que o celular se torna uma ferramenta para compras (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (25/10/2023))

O aposentado Ivan Ribeiro, de 67 anos, também utiliza aplicativos para transporte, três vezes na semana. Além disso, utiliza também para compras ao menos uma vez por mês. “Prefiro fazer a compra pelo aplicativo porque tenho costume. Não tenho notebook, então o celular se torna uma ferramenta para fazer esse tipo de serviço”, comenta.

Gabriele de Almeida prefere pedir comida e serviços pelo aplicativo - FÁBIO ROGÉRIO (25/10/2023)
Gabriele de Almeida prefere pedir comida e serviços pelo aplicativo (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (25/10/2023))

Já a consultora de sustentabilidade Gabriele de Almeida, de 33 anos, disse que usa aplicativo de transporte quase todos os dias, porém, para compras, ela afirma não gostar muito. Na hora de pedir comida, também recorre ao app: “Para comida, uso a cada 15 dias. Prefiro pedir pelo aplicativo pela praticidade mesmo”.

Os que mais utilizam os aplicativos para serviços são pessoas com rendimentos de até três salários mínimos, seguido dos jovens (67%) e mais escolarizados (63%). Em contraponto, apenas 21% dos idosos e dos segmentos com menor rendimento familiar usaram a tecnologia, atingindo um pouco mais de 10% entre os menos escolarizados, reflexo das desigualdades no acesso e utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).

Vida do cliente

Conforme mostra o estudo, os serviços de cuidados pessoais está entre os mais procurados pelos consumidores. Um exemplo de como a tecnologia pode facilitar a vida do cliente e também de quem fornece o produto, é o aplicativo da barbearia de Danilo de Jesus Silva, 35 anos. Por meio do app, o cliente pode agendar o atendimento, comprar produtos que são vendidos no salão e até efetuar o pagamento. O app ainda direciona o cliente à outros serviços, como aplicativos de transporte individual e GPS.

Danilo conta que abriu a barbearia em 2017 e durante a pandemia, decidiu criar um aplicativo para agendar os clientes. Antes, o atendimento era feito por ordem de chegada. “Para não ficar aquela ‘muvuca’ dentro da barbearia, eu optei por trabalhar com agendamento pelo app. Para mim foi bom o aplicativo, porque geralmente aos sábados, por exemplo, tinha de 15 a 20 clientes esperando para cortar dentro da barbearia. Isso veio como uma mão na roda para eu poder melhorar o atendimento”. (Virginia Kleinhappel Valio)

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