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Saúde

Sorocaba registra 7 casos de escarlatina em 2023

Somente em outubro, foram cinco casos na cidade; em Votorantim, não há registros de casos

31 de Outubro de 2023 às 10:50
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 A erupção da escarlatina aparece por volta do segundo dia de doença, com início no pescoço e tronco, progredindo em direção à face e membros
A erupção da escarlatina aparece por volta do segundo dia de doença, com início no pescoço e tronco, progredindo em direção à face e membros (Crédito: Reprodução/Redes sociais)

Sorocaba registrou, até o momento, sete casos de escarlatina, sendo dois em agosto e cinco em outubro. Em 2022, não há registros de casos. Em Votorantim, nenhum caso foi registrado, segundo a administração municipal. A escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por uma bactéria Estreptococo beta hemolítico do grupo A e que afeta principalmente crianças em idade escolar. Os estreptococos são, também, agentes causadores de infecções da garganta, como amigdalites, e da pele, como impetigo e erisipela.

Considerada uma doença contagiosa, a escarlatina é transmitida de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva ou secreções infectadas, provenientes de doentes ou de portadores, que são aquelas pessoas saudáveis que transportam a bactéria na garganta ou no nariz, mas não apresentam sintomas.

O período de incubação é, em geral, de dois a quatro dias, podendo variar de um a sete dias. Os sintomas iniciais incluem febre, mal estar, dores de garganta, por vezes vômitos, dor de barriga e prostração (cansaço excessivo e exaustão). A febre diminui nos três primeiros dias, mas pode manter-se por uma semana. A erupção da escarlatina aparece por volta do segundo dia de doença, com início no pescoço e tronco, progredindo em direção à face e membros.

Essas erupções são constituídas de pequenas manchas do tamanho de uma cabeça de alfinete, cor vermelho vivo e que são mais intensas na face, axilas e nas virilhas. Essas erupções podem atingir também a língua. Essa erupção da escarlatina tende a desaparecer após o sexto dia, acompanhada de uma descamação fina durante alguns dias.

A escarlatina cede facilmente ao tratamento, mas como qualquer doença infecciosa, pode ter complicações, embora sejam raras. As complicações costumam ocorrer na fase aguda da doença, quando pode ocorrer uma disseminação da infecção a outros locais do organismo, causando, por exemplo, otite, sinusite, laringite, meningite, entre outras doenças.

Também pode ocorrer complicações tardias, que surgem semanas após o desaparecimento da doença e se manifestam através de febre reumática (lesão das válvulas do coração) e de lesão do rim, que pode evoluir para insuficiência renal.

O diagnóstico é feito por meio de observação clínica, mas deve ser confirmado através da pesquisa do estreptococo num esfregaço colhido por swab. Também pode ser feito exames de sangue. Após a confirmação do diagnóstico pelo médico, é necessário que a criança se afaste da escola, visto que a doença tem um contágio fácil. A criança pode voltar à escola 24 horas depois de iniciar o tratamento com antibiótico adequado, se estiver sem sintomas e liberada pelo médico.

O tratamento é feito com penicilina, antibiótico utilizado no tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis. Nos doentes alérgicos à penicilina, o medicamento habitualmente utilizado é a eritromicina. (Da redação, com informações da Secretaria Estadual da Saúde)