Perseverança III - Contra o Câncer
Exercício físico também é remédio
A prática constante busca uma melhora no desempenho, promovendo mais força física e resistência muscular
Sim, existe diferença em fazer atividade física e um exercício. A confusão é muito comum, mas existe uma distância enorme entre os dois. Enquanto o primeiro se refere às movimentações diárias, feitas por todos nós, a todo momento, como varrer a casa, lavar louça ou carregar sacolas, o outro diz respeito a uma prática constante que busca uma melhora no desempenho, promovendo mais força física e resistência muscular.
Se você quer viver bem e viver bem por mais tempo precisa se exercitar; não tem como estar bem e pensar em longevidade sem isso Bianca Ramallo, nutricionista e profissional de Educação Física
A especialista Bianca Ramallo entende bem do assunto. Com licenciatura e bacharelado em Educação Física e bacharelado também em Nutrição, a profissional possui um currículo extenso, com especialização em Fisiologia do Exercício e Nutrição, mestrado em Biodinâmica do Movimento Humano, doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina e Pós-doutorado em Atividade Física e Disfunções Orgânicas. Segundo ela, é importante fazer essa diferenciação entre os dois termos.
Quanto mais atividade e exercício, melhor para a resposta do corpo humano. Os benefícios vão além da questão estética e influenciam diretamente na saúde mental. Isso ainda é mais verdadeiro no caso de pacientes oncológicos. Mesmo que seja necessário por algum momento a interrupção, o ideal é buscar os exercícios possíveis. Nesse caso, com ajustes para a situação que está sendo vivenciada pela mulher, por exemplo, no caso do câncer de mama, de acordo com as particularidades de cada tratamento.
Quando se fala em saúde mental, no caso dos pacientes com câncer, são comuns os grupos de dança, que têm a musicalidade, o convívio social e o movimento corporal Bianca Ramallo, nutricionista e profissional de Educação Física
A melhora estende-se da questão física até a emocional. A paciente, em tratamento, pode fazer todos os tipos de exercício, respeitando os limites impostos pela condição física. O ditado “devagar e sempre” aplica-se bem nessa situação. O importante é buscar orientação profissional e entender que a qualidade de vida passa pela necessidade de estar em movimento.
Pode fazer tudo! Os protocolos de treinamento de força podem ser feitos, inclusive, no ambiente de academia. Mas a exposição, às vezes, incomoda, então, pode realizar o treinamento de força adaptado com exercícios como o pilates Bianca Ramallo, nutricionista e profissional de Educação Física
O exercício físico durante o tratamento de câncer, especialmente o câncer de mama, tem muitos benefícios. Essas mulheres respondem melhor ao tratamento. Elas têm uma melhora da autoestima e autoimagem quando fazem os exercícios. Isso melhora a saúde física e mental também Bianca Ramallo, nutricionista e profissional de Educação Física
Em um intervalo na agenda, a profissional que atualmente é professora do curso de Medicina da Universidade Nove de Julho, de São Paulo, conversou sobre o tema, explicando diversos conceitos. Também participou do bate-papo Pedro Souza, que é profissional de Educação Física e presidente da Perseverança III. A loja maçônica é responsável pela iniciativa de promover a Campanha contra o Câncer, convidando especialistas para falarem sobre tratamento e prevenção da doença. O jornal Cruzeiro do Sul, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), é parceiro da iniciativa e toda semana traz uma reportagem sobre o tema. O conteúdo da entrevista, em vídeo, está disponível pelo canal do jornal no YouTube. (Denise Rocha)
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