Saúde da mulher
Fórum na PUC Sorocaba debate a principal causa de morte materna
Organização Mundial da Saúde considera aceitável 20 mortes para cada grupo de 100 mil nascidos vivos
As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes durante a gestação e, no Brasil, protagonizam a primeira causa de morte materna. A Organização Mundial da Saúde considera aceitável 20 mortes para cada grupo de 100 mil nascidos vivos, e os obituários brasileiros apresentam o triplo desse limite. Sorocaba apresenta números acima da média nacional. Diante desse cenário, a PUC de Sorocaba realiza na terça-feira (17), o Fórum Regional para Redução de Morte Materna por Síndromes Hipertensivas e Hemorrágicas.
A síndrome hipertensiva gestacional se inicia com a pressão arterial elevada e, se não tratada em tempo oportuno, evolui para quadros graves. O encontro é uma iniciativa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde e reunirá especialistas no Auditório Maracanã, localizado na rua Joubert Wey, no Jardim Faculdade.
“Temos uma grande dificuldade entre médicos e toda a equipe em fazer o diagnóstico correto, ou seja, casos em que a pressão arterial é aferida de forma errada, a não realização de exames obrigatórios, suspeita clínica não feita e menosprezo dos casos”, disse Henri Korkes, mestre e doutor pelo Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Henri relata que em 2019 o Brasil registrou 58 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, enquanto os países europeus apresentam uma média de 4 mortes maternas para cada 100 mil. Espera-se que, após a conclusão dos trabalhos, seja oficializado um compromisso focado na mudança desse cenário. (Da Redação)