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Estudantes preparam-se para provas do Enem em novembro

12 de Outubro de 2023 às 23:01
Luis Felipe Pio [email protected]
Gustavo considera a prova mais cansativa do que difícil
Gustavo considera a prova mais cansativa do que difícil (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está chegando e os participantes já sentem aquele “frio na barriga”, talvez por conta de esta ser uma das mais significativas etapas da vida escolar. Os alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Politécnico -- mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) -- falaram sobre as expectativas para a prova, que, neste ano, será feita por cerca de 4,6 milhões de estudantes. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de inscrições aumentou 8,2% em relação ao ano passado, quando foram registrados 4.318.324 inscritos.

O exame será aplicado, como de costume, em dois domingos consecutivos, sendo, desta vez, os dias 5 e 12 de novembro. Nos dois dias a abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h, pelo horário de Brasília. No dia 5, a prova termina às 19h e os participantes farão as questões de linguagens e códigos, ciências humanas e redação. No dia 12, quando serão aplicadas questões de ciências da natureza e matemática, o prazo limite para entrega do gabarito é às 18h30.

Que a prova é longa e exige concentração da pessoa por muitas horas já está bem claro. E o aluno Gustavo Lopes Lorenti Gama, de 17 anos, confirma. “Eu fiz (a prova) ano passado e essa é a segunda vez. Eu achei que é uma prova bastante cansativa, bem longa, só que ela não é tão difícil quanto eu esperava. Ela é mais cansativa do que realmente complicada”, afirmou Gustavo, que pretende cursar bacharelado em física.

O estudante Giovani Nitsche Simus, também de 17 anos, quer fazer engenharia elétrica e tem grandes expectativas para o Enem, pois já se prepara para esse momento desde o começo do ano. Apesar de ter feito a prova no ano passado, ele ainda sente um pouco de nervosismo, mas disse ter facilidade com matérias da área de exatas. “A matemática é uma disciplina da qual eu gosto bastante, então fica mais fácil. Estou um pouquinho nervoso, mas na escola a gente faz bastante simulado, então, já acaba se acostumando”, disse.

Embora os dois jovens já saibam qual carreira querem seguir, esse não é o caso de todos. Segundo o professor de Ciências Exatas e Biológicas do Politécnico, Tiago Pedroso de Almeida, alguns alunos começaram a se preocupar com Enem há pouco tempo. “Mas, com 18 anos você escolher a profissão, que a sociedade põe uma pressão para você trabalhar a vida toda, não é tão fácil. Uma das coisas é não ter medo de errar”, comentou. Tiago também pontua que algumas questões são tratadas em conjunto com os pais, pois muitas vezes o filho é pressionado a seguir uma carreira que, na realidade, é o sonho dos pais e não do jovem em si.

Para mostrar que nem só de exatas vive o homem, a aluna Amanda Kauane Neves de Oliveira, de 18 anos, prefere as ciências humanas, como gramática e história. Ela fez o Enem em 2022 como “treineiro”, mas, agora, disse estar mais tranquila. “As pessoas costumam colocar mais expectativa em mim do que eu mesma, então, é aquela coisa, tem que superar. Eu tento manter a calma, porque eu sei que eu vou ir bem, eu sou uma aluna que, durante o ensino médio, me importei com as aulas, já prestava atenção, fazia os exercícios, então, agora, estou mais tranquila, esse ano na escola é mais revisão mesmo”, contou. (Luís Pio, programa de estágio)