Governo estadual
Nova estrutura e gestão mudam a saúde em SP
Secretário fez balanço das melhorias e desafios durante visita à FUA
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva, visitou a Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul, na tarde de quarta-feira (27). Ele foi recebido pelo diretor da FUA, Laelso Rodrigues, e falou sobre as ações e os desafios da saúde pública no Estado.
Paiva destacou que o governo estadual está realizando uma mudança na estrutura e na gestão da saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços. Segundo ele, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou que fossem resolvidos dois problemas graves: milhares de leitos fechados por falta de recursos e filas enormes para tratamento de câncer, com pessoas esperando até oito meses para começar.
“O governador, que já teve câncer, nos deu a missão de garantir que nenhum paciente demore mais de 60 dias para ser atendido. Em 100 dias, nós conseguimos cumprir essa meta, ampliando a oferta de serviços nos 85 Unacons e Cacons (hospitais que possuem condições técnicas para tratar câncer) do Estado. Isso custou um investimento de 415 milhões de reais do governo estadual”, afirmou o secretário.
Ele também ressaltou que o Estado enfrentava outro desafio: a distribuição dos serviços entre os hospitais, que não podiam fazer tudo ao mesmo tempo. Para resolver isso, o governador criou a tabela SUS paulista, que vai aumentar os valores dos procedimentos em até 400%, a partir de janeiro, permitindo que os hospitais se especializem e atendam melhor os pacientes.
“Para isso, vamos repactuar com os hospitais e definir quem vai fazer o quê, de acordo com as demandas de cada região. Vamos fazer oficinas periódicas para avaliar os resultados e corrigir os problemas. Acreditamos que esse modelo vai trazer mais eficiência e economia para a saúde pública”, explicou Paiva.
Diagnóstico regional
O secretário disse ainda que está fazendo um diagnóstico da saúde em cada região do Estado, com a colaboração do Ministério da Saúde. Ele contou ainda que está realizando uma oficina com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para discutir os problemas regionais e encontrar as soluções.
“A Opas nos traz exemplos de sucesso de outros lugares do mundo. Um dos problemas que enfrentamos é a superlotação dos hospitais em Sorocaba, causada pelo encaminhamento de pacientes de outras cidades. Isso se deve à defasagem da tabela do SUS, que paga pouco pelos procedimentos de média complexidade. A tabela SUS paulista vai resolver isso, reduzindo a demanda de média complexidade em Sorocaba e as filas de espera, melhorando a eficiência do atendimento”, concluiu. (Wilma Antunes)
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