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Quedas de energia prejudicam quem mora no Campolim

Problema se estende por toda avenida Antônio Carlos Comitre

26 de Setembro de 2023 às 23:01
Beatriz Falcão [email protected]
CPFL Piratininga confirma as interrupções momentâneas de energia, que também acontece em ruas transversais da avenida, relatadas pelos moradores
CPFL Piratininga confirma as interrupções momentâneas de energia, que também acontece em ruas transversais da avenida, relatadas pelos moradores (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/9/2023))

Quedas de energia frequentes no bairro Campolim têm incomodado seus moradores nos últimos três meses. Em questão de segundos, os eletrodomésticos param e voltam, comprometendo o seu funcionamento. Nesse curto espaço de tempo, o engenheiro civil Luiz Fernando Zanchet, de 48 anos, teve a sua geladeira queimada três vezes.

“Na primeira vez que o motor queimou, pensei que fosse pelo tempo de uso, tínhamos a geladeira há 10 anos. Como era boa e resistente, trocamos o motor”, conta Zanchet, porém, o novo motor não durou mais do que um mês. “A solução foi uma nova, que também queimou, mas estava dentro do prazo e mandamos para a assistência”.

A desconfiança de que o “grande vilão” dessa história são as quedas de energias começou quando a babá que assiste ao filho do engenheiro, à noite, comentou sobre as oscilações. “Aconteciam de madrugada, um vai e volta, e acredito que esses episódios estejam relacionados” [à queda da emergia], acrescenta.

O problema se estende por toda a avenida Antônio Carlos Comitre, até as proximidades do Mercadão Campolim e também nas ruas Antônio Perez Hernandez e Heloísa de Oliveira Evangelista.

  - FÁBIO ROGÉRIO (22/9/2023)
(crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/9/2023))

O síndico profissional César Henrique de Souza Barbosa, de 50 anos, trabalha há mais de 10 anos na região e convive com o mesmo problema. Ele diz que “a distribuidora entrega a cada morador uma energia bifásica, ou seja, duas fases. Em caso dos condomínios, a energia entregue é três fases, chamada de trifásica. Portanto, quando a rede fica sem uma dessas fases, gera queima de equipamentos e compromete o funcionamento das áreas comuns”.

O último episódio aconteceu em um condomínio na rua Antônio Perez Hernandez, onde uma oscilação sequencial de três quedas de energia resultou na queima da placa do elevador e uma conta extra de R$ 18 mil. “Nós acumulamos prejuízo atrás de prejuízo, além da insatisfação dos moradores com o mau funcionamento dos equipamentos. Casos em que os elevadores param de funcionar e os passageiros ficam presos são frequentes”, conta César.

Uma das soluções para suprir a ausência momentânea são os geradores de energia. “O problema de falta de fase é, de fato, resolvido, mas só é possível em condomínios de grande porte”.

Os moradores levantaram possíveis causas, como a movimentação e a construção de novos edifícios e estabelecimentos no bairro, e ressaltaram a necessidade da ampliação da rede elétrica.

Em nota ao Cruzeiro do Sul, a CPFL Piratininga confirmou as interrupções momentâneas de energia nos locais mencionados durante o período informado e a realização das intervenções necessárias. “As redes de distribuição de energia são projetadas para suportar condições normais de operação, incluindo chuvas, mas alguns eventos de intensidade atípica, como a queda de árvores, que podem exceder a resistência dos equipamentos, causando interrupções”, explica a empresa, ainda em nota. “A qualidade do fornecimento também está sujeita a fatores que vão além da responsabilidade da distribuidora, como, por exemplo, tempestades, colisão de veículos contra postes, interferência de pipas e animais na rede, vandalismo, furto de materiais e entre outras”, afirmou a empresa. (Beatriz Falcão - programa de estágio)

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