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Inverno foi o mais quente em 63 anos
Como exemplo, estão as cidades de Cuiabá (MT) e São Paulo (SP)
No inverno de 2023, a atuação de massas de ar frio causou queda nas temperaturas e favoreceu a formação de geadas, com intensidade variando de fraca a forte, nas regiões serranas do Sul do País. No entanto, no restante do Brasil, foram as altas temperaturas que marcaram presença no mesmo período. Como exemplo, estão as cidades de Cuiabá (MT) e São Paulo (SP), que tiveram o inverno mais quente dos últimos 63 anos.
O aquecimento foi impulsionado pelas intensas massas de ar quente e seco, com temperaturas acima de 30ºC em grande parte do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nestas regiões, foram observados mais de 70 dias de calor intenso durante a estação. Já em algumas áreas do Sudeste, como no noroeste de São Paulo e no norte e triângulo mineiro, foram observados de 50 a 70 dias com temperaturas elevadas, principalmente nos meses de agosto e setembro.
Além das altas temperaturas, a estação foi marcada por eventos de onda de calor em grande parte do País, especialmente depois de agosto. As temperaturas máximas ultrapassaram 40°C em alguns municípios do Centro-Norte do Brasil, com anomalias positivas de temperatura máxima e mínima, isto é, temperaturas maiores que a média climatológica (média histórica) e acima de 1,5°C. Os maiores valores de temperatura máxima registrados nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ocorreram em Cuiabá (MT), com 41,8ºC, no dia 23 de agosto, e em Balsas (MA) e Bom Jesus do Piauí (PI), com 41,5°C, no dia 15 de setembro.
Este cenário pode ser resultado dos primeiros reflexos do fenômeno El Niño em pleno inverno, aliados aos efeitos do aquecimento global. Desta forma, é possível dizer que recordes e mudanças no padrão climático serão cada vez mais frequentes em diversas partes do País. (Da Redação)