“Se precisar, peça ajuda!” Este é o lema de 2023 da campanha mundial “Setembro Amarelo”, de prevenção ao suicídio. O intuito é lançar um alerta sobre o assunto, abrir espaços de discussão sobre as questões emocionais e de saúde mental que o envolvem e traçar estratégias que contribuam para prevenir essa atitude extrema.

Engajada nesse movimento, a Secretaria da Cidadania (Secid) pretende alcançar a população por meio de diversas ações. Uma delas acontecerá no Terminal São Paulo, na quinta-feira (14), das 15h às 17h, com a distribuição de panfletos informativos sobre o assunto. Na mesma ocasião, profissionais do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Sul-Leste, responsável pela iniciativa, estarão disponíveis para interagir e esclarecer dúvidas das pessoas interessadas.

De maneira geral, a campanha também vem alcançando a população atendida pelos Cras e, ainda, pelo Clube e pela Chácara do Idoso. Na mesma data, dia 14, a Chácara do Idoso vai realizar o chamado “Varal das Emoções”, onde cada idoso participante poderá “pendurar” mensagens escritas por eles, abordando suas emoções. “Nós escolhemos até um tema, para estimular essa atividade e, ao mesmo tempo, deixá-los bem à vontade. Escolhemos o mote ‘escrevo o que quero, do jeito que quero’, que os ajuda a ter um ponto de partida para a escrita”, explicou o coordenador da Chácara do Idoso, Sérgio Marcelo Soler Sauer.

No dia 19, uma terça-feira, o “Setembro Amarelo” estará em pauta no Cras Vitória Régia, localizado na rua Orsélio Pereira, 413, com a apresentação do filme “Ouvidos calados”, no projeto Cine Debate. A sessão, gratuita, terá início às 14h, com a participação do diretor Mauro Baptistella.

No Clube do Idoso, a atividade será no dia seguinte (20), às 9h, com a roda de conversa conduzida pela psicoterapeuta Edna Coelho. O tema escolhido é “A vida no Setembro Amarelo”. O Clube do Idoso está localizado na rua Padre Lara de Moraes s/n, em Pinheiros.

Atividades já começaram

As ações do “Setembro Amarelo” foram realizadas na primeira semana do mês, em vários locais. Na Chácara do Idoso, por exemplo, foi apresentada a palestra “Qualidade de vida”, com foco na campanha.

No Cras Ipiranga foram formados vários grupos de conversa, com viés em saúde mental. Para contribuir com essas ações, foram chamados alguns parceiros, como representantes da Associação Amigos dos Deficientes (AMDE), do Conselho Regional de Psicologia, da Apae e do Caps III Alegria de Viver.

A campanha também esteve no centro das atenções em uma reunião realizada com grupo de munícipes atendidos pelo Cras Nova Esperança. O encontro envolveu, ainda, uma parceria com a Casa do Menor, cujas assistente social e psicopedagoga falaram sobre o histórico, origem, causas, como identificar sinais de atenção sobre suicídio, e o Centro de Valorização da Vida (CVV), que compartilhou um vídeo para reflexão sobre o assunto.

Ações semelhantes também aconteceram no Cras Carandá, com a participação de integrantes do Caps AD III “Saca Só” e de dois voluntários do CVV. “Eles falaram sobre o que é a escuta ativa, a importância do respeito ao sofrimento dos outros e contaram como é o funcionamento do CVV, que as pessoas podem acessar nos momentos mais difíceis de crise emocional. Além disso, deram a oportunidade para que os participantes falassem sobre suas histórias, esclarecessem dúvidas e fizessem comentários”, relatou o coordenador do Cras Carandá, Adelson Junior.

No Cras Sul-Leste, a roda de conversa recebeu dois técnicos do Caps Viver em Liberdade. Ao todo, seis grupos estão sendo atendidos, abordando assuntos, como a prevenção ao suicídio e também situações, como a depressão, esclarecendo sobre os locais onde procurar ajuda. “Houve situações de desabafo e de muita emoção, felizmente contando com o apoio de uma equipe técnica muito bem preparada”, comentou a coordenadora do Cras Sul-Leste, Flávia Oliveira. (Da Redação)