Sorocaba
Eleição municipal já movimenta políticos
Apesar de faltar pouco mais de um ano para o pleito, mudanças de partidos indicam descontentamentos e reposicionamentos
À medida que as eleições municipais de 2024 se aproximam, é possível observar movimentos significativos nos bastidores da política sorocabana. O mais recente deles foi a desfiliação da ex-prefeita, Jaqueline Coutinho, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), e agora alinhada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em agosto, o vereador Fernando Dini, anteriormente presidente do diretório municipal do MDB, foi para o Partido Progressistas (PP), onde assumiu a liderança local. Na Câmara Municipal, cinco vereadores já confirmaram ou indicaram a intenção de mudar de partido, enquanto oito planejam permanecer em suas siglas atuais, e cinco ainda estão indecisos.
Jaqueline Coutinho recebeu um convite do PSB para contribuir na formação de um novo grupo político, com o objetivo de reestruturar e renovar o partido em Sorocaba. Embora não tenha decidido ainda sobre uma possível candidatura em 2024, Jaqueline disse que firmou compromisso em seguir as diretrizes do novo partido. “Entendo que precisamos sedimentar e focar em uma política progressista, com agentes políticos capacitados e comprometidos com os anseios da população e com a eficiência, transparência, legalidade e moralidade administrativa que são o esteio da administração pública”, declarou.
Em uma situação menos harmoniosa, o vereador Dini deixou o MDB devido ao descontentamento com a liderança atual do partido, comandada pela deputada federal Simone Marquetto. Sua saída motivou mais de cem outros filiados a fazer o mesmo, com uma carta aberta do diretório municipal, divulgada em 16 de agosto, explicando os motivos e incluindo uma alegada “autoridade unilateral”.
Quem manda é ela
Falando sobre o MDB, o diretório municipal agora tem uma nova liderança, com Wellington Ribeiro dos Santos, marido de Simone Marquetto, que assumiu a presidência após o racha no partido. Essas mudanças foram determinadas pela designação da deputada, pelo diretório nacional, liderado pelo deputado federal Baleia Rossi, para a coordenação regional do MDB. Além de Wellington, a nova composição inclui Hudson Pessini, secretário de Relações do Trabalho e Qualificação Profissional de Sorocaba; Anselmo Neto, ex-vereador, diretor de área do governo Manga e diretor da Agência da Região Metropolitana de Sorocaba (Agem); Jean Mello e Richardson de Oliveira.
Crespo de novo?
O ex-prefeito José Caldini Crespo, filiado ao União Brasil desde o ano passado, declarou que, por enquanto, não planeja trocar de partido e nem se candidatar a nenhum cargo. Apesar disso, alegou sofrer pressão para sair candidato a prefeito ou vice-prefeito. A origem dessas pressões, no entanto, ele não revelou.
Vão mudar
Na Câmara de Sorocaba, cinco vereadores já afirmaram ou indicaram a intenção de trocar de partido até 2024. João Donizeti, líder de governo na Câmara, planeja deixar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e seu interesse principal está no União Brasil.
Ítalo Moreira, que estava no Partido Social Cristão (PSC) até julho deste ano, planeja se filiar ao Partido Novo quando a janela partidária abrir. Rodrigo do Treviso considera sair do União Brasil, enquanto Cícero João, do Partido Social Democrático (PSD), tem o apoio de outros dois partidos, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Agir. A tendência de migrar para o Agir.
Aith também pondera deixar o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e já está em conversas com lideranças regionais e nacionais. Dois vereadores já efetuaram a mudança de partido este ano: Dylan Dantas deixou o PSC e ingressou no Partido Liberal (PL), enquanto Dini saiu do MDB e se filiou ao PP.
Os vereadores, Cristiano Passos (Republicanos), Fausto Peres (Podemos), Fernanda Garcia (Psol), Iara Bernardi (PT), Francisco França (PT), Cláudio Sorocaba (PL), Fábio Simoa (Republicanos) e Luis Santos (Republicanos), assim como o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), afirmaram que não pretendem mudar de partido.
Os demais parlamentares, incluindo Silvano Jr. (Republicanos), Péricles Régis (Podemos), Salatiel Hergesel (PDT), Hélio Brasileiro (PSDB) e Caio Oliveira (Republicanos), não afirmaram e nem negaram uma possível mudança. (Wilma Antunes)