Aniversário
Santa Casa de Sorocaba lança selo em comemoração aos 220 anos da irmandade
Data festiva é em 8 de dezembro, porém, cerimônia de apresentação do logotipo foi realizada nesta sexta-feira (18)
A Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba lançou um selo em comemoração aos 220 anos da irmandade. Embora a data festiva seja em 8 de dezembro, a cerimônia de apresentação do logo ocorreu nesta sexta-feira (18), nas instalações do próprio hospital.
O evento contou com a presença do padre Flávio Jorge Miguel Júnior, diretor-presidente da Santa Casa de Sorocaba, e do arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Julio Endi Akamine. Participaram também da solenidade o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), colaboradores da Santa Casa, além de deputados e vereadores do município.
Segundo o padre Flavio, a nova marca será espalhada em vários pontos da cidade, como outdoors e publicações impressas, assim como nas redes sociais. Para registrar a ocasião, mais de 8 mil broches também foram confeccionados especialmente para o aniversário da Fundação. “Nós tivemos como marca ouro os 220 anos para lembrar toda a grandeza do hospital por esses mais de dois séculos de história para Sorocaba e região”, explicou o gestor da irmandade.
Além do lançamento do selo, uma série de atividades serão realizadas durante os quatro meses de comemoração, até o dia 8 de dezembro. Entre elas estão a inauguração de 50 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com equipamentos de última geração, e a reinauguração da ala de oncologia clínica -- prevista para novembro. Serão entregues também novos quartos reformados provenientes de doações de empresários e uma nova entrada do hospital. “A Santa Casa hoje é um canteiro de obras. Estamos ‘trocando a roda do caminhão andando’, devido a quantidade de coisas que estamos realizando no momento”, acrescentou o padre.
220 anos de história
A Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba foi estabelecida em 1803 e é hoje a instituição mais antiga da cidade. A ideia da Fundação da Irmandade da Misericórdia e a criação do hospital surgiu de Francisco José de Souza, um cidadão português que casou-se com Marina Floriana de Madureira, filha do capitão-mor de Sorocaba, Cláudio de Madureira Calheiros.
Originário do Porto, Francisco José havia trabalhado na Santa Casa de Misericórdia em Portugal. Percebendo a deficiência e a ausência de cuidados médicos adequados aos doentes da vila de Sorocaba, ele entrou em contato com o então capitão geral da província de São Paulo, Antonio José de França Horta, com a intenção de, através da Irmandade da Misericórdia, instituir uma Santa Casa.
No dia 29 de julho de 1803, teve início o projeto de fundação da Irmandade da Misericórdia e da construção do hospital. Apenas dois meses depois, em 29 de setembro, já se estava arrecadando recursos por meio da venda de livros e doações destinadas ao local. Desse modo, um terreno foi adquirido no final da rua em frente à Igreja de Santo Antônio (não relacionada com a Igreja de Santo Antônio atual, na Árvore Grande).
Essa área passou a ser conhecida como "Rua do Hospital", que é hoje a rua Álvaro Soares, situada na esquina com a "Rua do Comércio", agora conhecida como rua Souza Pereira. Essa igreja passou a ser tratada como a Igreja da Misericórdia, pois servia de local para as reuniões da Irmandade. Em outubro de 1804, foi colocada então a pedra fundamental.
Após mais de duzentos anos desde a sua criação, a Santa Casa de Sorocaba agora presta atendimento a pacientes de 48 municípios. Ao longo de sua história, o hospital testemunhou eventos de grande importância para o Brasil e o mundo, sendo o mais recente deles a pandemia de Covid-19. Durante esse período crítico, a Santa Casa de Sorocaba chegou a oferecer mais de 90 leitos de UTI e de enfermaria para pacientes com Covid. Os profissionais da saúde também se dedicaram incansavelmente para salvar vidas na instituição.
O Arcebispo Dom Julio Akamine compara a Santa Casa a um tipo de santuário, construído para abrigar os enfermos, e os profissionais que ali trabalham aos sacerdotes. “Trata-se de um santuário do sofrimento humano, ou melhor, um santuário para alívio do sofrimento. E nesse santuário existem sacerdotes que dedicam profissionalismo e dedicam paciência. Eles estão revestidos com uniformes brancos, uniformes de amável compreensão para com os doentes e os seus dramas. Sejam benditos todos os que trabalham nesse santuário da Santa Casa, pois eles nos ajudam a encontrar a vontade de viver”, destacou o arcebispo. (Com informações da Santa Casa)
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