Servidores do Centro Paula Souza (CPS) -- responsável pela rede de escolas técnicas estaduais (Etecs) e das faculdades de tecnologia (Fatecs) -- continuam em greve em diversos municípios paulistas. Em Sorocaba, a adesão ao movimento afeta as aulas nas Etecs Fernando Prestes e Rubens de Faria e Souza, prejudicando as atividades nos laboratórios e na biblioteca. Ontem (17) o movimento estava abaixo do normal. Alunos disseram que estão perdendo aulas e que elas terão de ser repostas. Na Fatec José Crespo Gonzales, localizada no Alto da Boa Vista, no entanto, as atividades foram quase normais, com a presença de estudantes em várias salas.

A greve começou no dia 8 de agosto. Professores e demais funcionários do CPS reivindicam aumento de salário e a valorização da carreira. Eles afirmam que a categoria acumula perdas há anos, por conta do avanço da inflação. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do CPS (Sinteps), o movimento registra adesões em cerca de 140 unidades. Na região de Sorocaba, a paralisação afeta as unidades de ensino de Piedade, Porto Feliz, Votorantim, Tatuí, Itu e Itapetininga.

O CPS, por sua vez, informa que a adesão à paralisação atingiu 9,8% dos professores, de acordo com dados referentes aos três turnos de aulas da quarta-feira (16) nas Etecs e Fatecs. A instituição adiantou que as aulas não dadas serão repostas.

Valorização dos servidores

Em resposta a questionamento do Cruzeiro do Sul, o CPS disse que “trabalha para valorizar os servidores da instituição”. Em nota enviada ao jornal no início da noite de ontem (17), a direção da instituição informou que a Bonificação por Resultados (BR) referente ao ano de 2022, por exemplo, já foi publicada no Diário Oficial do Estado e será paga até outubro, podendo ser antecipada para setembro.

“A atual gestão, já em seu primeiro ano de governo, concedeu um reajuste acima da inflação para os servidores públicos”, diz o CPS, acrescentando que “o estudo para o novo Plano de Carreiras está em andamento e contava, até o dia 23 de junho, com a participação de representantes do sindicato, que optaram por se desligar do grupo de trabalho. A proposta do novo plano de carreira será encaminhada às instâncias responsáveis pela sua análise até setembro, e as contribuições do CPS serão avaliadas.

Por fim, o documento salienta que “a instituição adotará todas as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados”. (Da Redação)