O setor de turismo ganhou impulso este ano. Dados do Ministério do Turismo mostram que as buscas por viagens com destinos nacionais, nas plataformas de vendas, no primeiro semestre do ano, aumentaram 37% na comparação com o mesmo período de 2022. Em março, o segmento cresceu 4%. Uma agência de turismo em Sorocaba registou aumento entre 32% a 35% no mesmo período, principalmente para viagens internacionais.

A preferência e o interesse dos clientes são por pacotes, que contemplam, na maioria das vezes, ao menos dois produtos, como aéreo e hospedagem, gerando, em média, uma economia de até 35% em relação à compra separadamente. No entanto, é essencial comparar os preços individualmente, pois às vezes é possível conseguir tarifas mais baixas ao reservar separadamente.

Segundo Francisco Ataíde, da BTour Turismo, o mercado de turismo está se recuperando após a pandemia da Covid-19, com as pessoas voltando a viajar. “No momento, estamos vendendo mais pacotes internacionais, por conta do aumento nos preços das passagens aéreas para os destinos nacionais. E como a demanda por viagens para o exterior ficou represada, por causa da crise sanitária, temos vendido mais pacotes para a América do Sul, Caribe, e para a Europa”, disse.

Ataíde conta, ainda, que o cliente que compra pacotes para viagens internacionais, geralmente, possui uma renda maior e como o dólar caiu, acaba aquecendo ainda mais o mercado de turismo para o exterior. “O setor está se recuperando após a pandemia. O ano passado foi melhor do que 2021, e 2023 está sendo melhor do que 2022. Já as viagens internacionais estão vendendo mais porque a demanda ficou represada por conta da pandemia, e quem estava planejando viajar para o exterior teve que adiar. E, agora, as pessoas estão voltando a viajar”, disse Ataíde.

As viagens para os EUA estavam com as vendas prejudicadas por conta da fila para a retirada do visto exigido para a entrada de brasileiros no país. Atualmente, a espera está entre 60 a 90 dias para conseguir agendar atendimento para solicitar o visto.

Karina Meliane Bastos Martins, 47 anos, tinha planos de fazer uma viagem com a família para a Flórida, nos EUA, para levar os filhos na Disney. Mas, os planos foram adiados por conta da pandemia, e ela resolveu aguardar um momento mais oportuno. “Agora, com tudo normalizado vamos viajar em dezembro, e ficaremos 20 dias na Flórida para conhecer os parques temáticos da Disney”, disse Karina.

Dicas e opções

Para o empresário Luiz Guilherme Rosa, responsável por uma plataforma de turismo on-line, viajar dentro do Brasil pode ser mais econômico devido aos menores gastos com passagens aéreas e, em alguns casos, hospedagens. “No entanto, há destinos no exterior que podem ser igualmente acessíveis, especialmente se houver promoções ou boas opções de hospedagem. Basta planejar o destino com antecedência para aproveitar promoções e descontos, ter flexibilidade nas datas de viagens e optar por períodos de baixa temporada”, destaca.

“Outra dica, que considero fundamental, é comparar preços de passagens e hospedagens em diferentes plataformas, além de optar por hospedagens mais econômicas, como hostels e aluguel por temporada. A utilização de aplicativos de cashbacks e descontos em atividades e passeios, durante a viagem, é outra boa alternativa. Entender, nem que seja um pouco, da culinária local é imprescindível. Com a ajuda das redes sociais fica fácil descobrir os restaurantes mais acessíveis e trazer na bagagem experiências inesquecíveis”, explicou Luiz Guilherme. (Da Redação)