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Em poesia

Poeta Justo Chacon homenageia os 120 anos do Cruzeiro do Sul

Poeta reconhece a história do jornal e diz que a longevidade alcançada pelo Cruzeiro é rara entre os jornais impressos

18 de Julho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Na foto estão Sérgio Henrique Coelho, editor responsável do Cruzeiro do Sul, Laelso Rodrigues, Justo Penteado Chacon e Hélio Sola Aro, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Ubaldino do Amaral, no momento da entrega da homenagem
Na foto, estão Sérgio Henrique Coelho, editor responsável do Cruzeiro do Sul; Laelso Rodrigues, Justo Penteado Chacon e Hélio Sola Aro, presidente do Conselho de Administração da Fundação Ubaldino do Amaral (Crédito: VINICIUS CAMARGO)

O bancário aposentado Justo Penteado Chacon, de 86 anos, autor de mais 200 poesias e letras de música, produziu um poema em homenagem aos 120 anos do jornal Cruzeiro do Sul. Ele entregou, ontem (18), o trabalho ao presidente do Conselho de Administração a Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal e do Colégio Politécnico, Hélio Sola Aro, e a Laelso Rodrigues, membro do Conselho de Administração da FUA.

Chacon disse que a longevidade alcançada pelo Cruzeiro é rara entre os jornais impressos. Por isso, como forma de comemorar essa façanha e de eternizá-la, para que as futuras gerações saibam da história e importância do matutino, decidiu criar a poesia.

Segundo ele, a sua inspiração para escrever os versos foi a principal função do matutino: noticiar. Partindo desse princípio, estabeleceu uma relação entre os diversos acontecimentos registrados ao longo dos 120 anos de circulação do periódico -- dos corriqueiros aos emblemáticos -- e o papel do jornal de levar ao conhecimento do leitor. “É uma síntese biográfica do que aconteceu durante esse tempo. Houve guerras, muitos nascimentos, mortes, matrimônios”, falou.

O poema destaca e reconhece o valor do trabalho de quem faz o jornal ser publicado diariamente -- os jornalistas. “Faça frio ou calor, de dia ou à noite, sob sol ou a lua, o repórter tem que correr atrás da notícia, para levá-la ‘quentinha’ e o mais rapidamente possível ao leitor”, disse Chacon.

34 anos

Chacon se dedica à poesia há 34 anos, mas demorou até torná-la parte significativa da sua vida. Ele começou a trabalhar aos 7 anos, na lavoura. Aos 16, começou a escrever. Porém, quando atingiu a maioridade, interrompeu esse hábito, pois, naquele momento, a carreira profissional exigia mais. Ele iniciou a trajetória na indústria. Posteriormente, com 22 anos, foi aprovado no concurso do Banco do Brasil (BB), onde ficou por 33 anos.

Paralelamente à carreira de bancário, Chacon foi redator de jornal, locutor de rádio, jogador de futebol e teve uma banda. Além disso, formou-se em Direito. Contudo, não exerceu a profissão, tendo apenas oferecido orientações jurídicas voluntariamente. A literatura retornou ao seu cotidiano em 1989, ano em que se aposentou. Com mais tempo livre, estreitou os laços com a poesia e nunca mais os cortou novamente. “A poesia, quando você está escrevendo, parece estar voando, viajando. É uma viagem deliciosa”, descreve. Chacon tem dois livros publicados e deve lançar outros dois em breve. (Da Redação)