Buscar no Cruzeiro

Buscar

Comida na mesa

Cesta básica de Sorocaba tem queda de 2% em junho deste ano

Carnes, feijão e óleo foram os itens que mais influenciaram na redução do preço de 34 produtos pesquisados

06 de Julho de 2023 às 23:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Preço da carne de frango caiu 10,67% em junho na comparação com o mês anterior, passando de R$ 8,73 para R$ 7,80 o quilo
Preço da carne de frango caiu 10,67% em junho na comparação com o mês anterior, passando de R$ 8,73 para R$ 7,80 o quilo (Crédito: ANA CLÁUDIA MARTINS (6/7/2023))

 

O custo da cesta básica sorocabana apresentou queda de 2,22% em junho de 2023, na comparação com o mês anterior. O valor passou de R$ 1.073,12 para R$ 1.049,32, ou seja, R$ 23,80, a menos. Já quando comparado com o mesmo mês de 2022, a redução de custo chega a 3,51%, o equivalente a R$ 38,18. Os itens que mais contribuíram para a queda no preço da cesta básica no mês passado foram as carnes de frango e bovina. Os dados fazem parte da pesquisa de preços da cesta básica, que é feita mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (CSA), da Universidade de Sorocaba (Uniso).

Segundo o coordenador da pesquisa, o economista e professor Marcos Antônio Canhada, o custo da cesta básica seguiu no sentido contrário da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que apresentou alta de 0,04%. “Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais baratos, enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15, ficaram mais caros”, explicou.

Os grupos que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em junho, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (-2,33%), limpeza (-0,55%) e higiene pessoal (-2,30%).

18 quedas

De acordo com a pesquisa, dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 18 apresentaram queda no preço. Considerando apenas os alimentos, o produto com a maior redução foi o frango: o quilo passou de R$ 8,73 para R$ 7,80, o que representa queda de 10,67%. Já o feijão foi o segundo alimento com a maior queda (-7,58%), passando de R$ 9,92 (o quilo) para R$ 9,17. Em terceiro lugar ficou o óleo de soja (-5,90%), que passou de R$ 7,31 (embalagem de 900 ml) para R$ 6,88. Linguiça, na quarta posição, caiu de R$ 23,41 para R$ 22,11 o quilo, o que significa redução de 5,54%. E a carne de 1ª ficou na quinta posição, passando de R$ 42,60 o quilo em maio para R$ 40,43 em junho, ou seja, redução de 5,09%.

“De forma ponderada, as carnes de frango e bovina são os maiores destaques para a queda de preço da cesta básica em junho. A maior oferta destas proteínas para o mercado interno, por retração no mercado externo, associada à diminuição de custos de produção, principalmente por maior oferta de grãos que formam a base de alimentação destes animais, contribuiu para a queda nos preços destes itens que apresentam importante peso na ponderação dos valores coletados. Estes importantes componentes da cesta básica vêm ancorando os preços nos últimos meses, mantendo a variação da cesta básica”, informou o coordenador do Laboratório de CSA, professor e economista Renato Vaz Garcia.

Quanto às maiores altas no mês de junho em relação a maio, destaque para: batata (9,07%), passando de R$ 6,57 o quilo para R$ 7,16; alho (8,71%), de R$ 5,58 (200 gramas) para R$ 6,07; sal (4,37%), cujo quilo passou de R$ 2,47 para R$ 2,58; e sabão em barra (2,69%), que passou de R$ 14,93 (pacote com 5 unidades) para R$ 15,33.

Já a batata, assim como no mês anterior, segue como item com maior alta, em função do período de entressafra.

No bolso

Consumidores que foram às compras no supermercado Tauste, unidade da avenida General Carneiro, na tarde desta quinta-feira (6), disseram que perceberam a redução de preço no quilo do frango, da carne e da linguiça. Para eles, as carnes em geral estavam com preços elevados.

A advogada Valdeli Moares, 62 anos, achou que algumas carnes e o frango ficaram mais baratos. Ela disse que tenta aproveitar ao máximo as promoções e leva para casa os produtos mais baratos, mas sem abrir mão da qualidade. “A gente sempre aproveita promoção e procuro comprar os alimentos que estão mais baratos no dia. Porém, não abro mão da qualidade. O ideal é economizar sem deixar a qualidade de lado”, afirmou.

O publicitário Rafael Ribeiro, 31 anos, explicou que por conta da correria diária não tem tempo para pesquisar os preços dos alimentos em vários supermercados para aproveitar promoções e economizar. Porém, ele disse que também percebeu uma queda nos preços das carnes e do frango. “Sim, ficaram mais baratos. Mas, acho que, na verdade, as carnes em geral estavam bem caras e agora começaram a voltar para à normalidade”, concluiu. (Ana Claudia Martins)