Imunização
Vacinação contra a gripe é prorrogada outra vez e vai até 31 de julho
O motivo é a baixa cobertura vacinal alcançada até o momento

A Secretaria Estadual da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses por mais 30 dias. Agora, a data prevista para encerramento em todo o Estado de São Paulo é 31 de julho. O motivo é a baixa cobertura vacinal alcançada até o momento.
A imunização no Estado está em 44,5%, um aumento de 4,6% em relação à cobertura no final de maio. Nos primeiros cinco meses de 2023, foram aplicadas 6,1 milhões de doses vacina, mas com a prorrogação da campanha de 31 de maio até ontem (30 de junho), foram aplicadas mais 4,6 milhões, levando a um total de 10.769.619 milhões. A meta de cobertura para o Estado é de 90%.
A gripe geralmente causa febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte. Apenas em 2023, a Secretaria da Saúde já registrou 176 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para estes quadros mais graves.
Em 2022, foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização dos pacientes e 339 mortes. Neste ano, foram registradas 2.086 hospitalizações até a última semana de junho. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizadas 1.540 internações e 259 óbitos. Apesar da queda na letalidade, o número de hospitalizações cresceu 35,4% no primeiro semestre de 2023.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e altera suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado. Ainda conforme a pasta, a reações alérgicas à vacina são consideradas raras. (Da Redação)