Luto
Sargento que matou colegas está no presídio Romão Gomes
Corpos foram sepultados na manhã desta terça (16) em Sorocaba
Os corpos dos policiais militares mortos por um colega de trabalho foram sepultados nesta terça-feira (16), por volta das 10h30, no cemitério Pax, em Sorocaba. O capitão Josias Justi da Conceição Junior, de 39 anos, e o sargento Roberto Aparecido da Silva, de 52 anos, trabalhavam na 3ª Companhia de Polícia Militar de Salto, quando foram atingidos por disparos de um fuzil. Os dois moravam em Sorocaba.
O velório aconteceu na Ossel da Vila Assis e foi acompanhado por amigos, familiares e diversas autoridades policiais. O secretario da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, esteve no local no velório e no sepultamento. O capitão Justi era casado e deixa dois filhos, uma menina de 5 e um menino de 3 anos. O sargento Roberto da Silva também era casado e deixa três filhos, de 15, 18 e 29 anos.
O autor do crime, o sargento PM Cláudio Henrique Frare Gouveia está preso. Ele foi levado na madrugada desta terça-feira (16) para o presídio militar Romão Gomes, exclusivo para recolher policiais militares que cometeram crimes. Ele passaria por audiência de custódia durante a tarde, mas passou mal e foi levado ao ambulatório médico do presídio. A audiência de custódia deverá ser realizada na tarde desta quarta-feira (17).
O crime
O crime ocorreu por volta das 9h de segunda-feira (15) dentro da 3ª Companhia de Polícia Militar de Salto, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Segundo o boletim de ocorrência, um PM contou que um sargento, identificado como Gouveia, invadiu a base armado com um fuzil. Em seguida, pediu que todos saíssem do local e entrou em uma sala. Logo na sequência, a testemunha disse ter ouvido três disparos.
Ainda conforme o BO, o autor dos disparos se entregou para outro sargento, que também retirou a arma dele. Segundo a PM, as razões do duplo homicídio ainda serão esclarecidas. “Todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento e a Corregedoria acompanha as apurações”, informou a PM.
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Cláudio Aparecido Silva, disse que casos de violência, como o ocorrido em Salto, evidenciam um adoecimento das tropas policiais e sugeriu que “a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Governo do Estado e os comandos das polícias, junto à Ouvidoria, realizem uma força-tarefa e façam um estudo aprofundado que ouça a base dos trabalhadores, as corporações e especialistas”. (Da Redação)
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